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domingo, 31 de janeiro de 2010

Cigarro faz mal mesmo depois de apagado

Por..:: Juliano Costa

Engana-se quem pensa que o cigarro faz mal apenas a quem fuma ou respira sua fumaça. Animais silvestres e marinhos também sofrem. E muito. Faz parte da triste rotina de um ambientalista encontrar, no estômago de tartarugas marinhas, muitos restos de cigarro (as "bitucas" ou "guimbas", dependendo do local no Brasil em que você estiver) entre o lixo que o animal consome pensando que é comida.

Além disso, as bitucas sujam as areias das praias com mais de 700 substâncias tóxicas que carregam em sua composição. Elas levam até cinco anos para se decompor. A boa notícia é que agora estão começando a ser recicladas.

Universidade recicla restos de cigarro

Na tentativa de conscientizar as pessoas a não jogarem bitucas no chão, especialmente na areia, o ambientalista Marcelo Marinello, da ONG SOS Praias Brasil, criou o personagem "Homem Bituca." Fantasiado, ele percorre as praias de todo o país. "Tento mostrar como essas bitucas são nocivas ao meio-ambiente. Falo principalmente de como é uma grande falta de educação esse hábito de jogar as bitucas no chão, sujando a areia", diz Marinello.
A ideia da fantasia, segundo ele, é mesmo chamar a atenção. "As crianças são quem mais se aproximam para saber e isso é bom. Não dá para evitar que algumas delas acabem se tornando fumantes no futuro, mas dá para conscientizá-las a jogarem as bitucas no lixo."

Marinello e a mulher, Heloisa de Azevedo, percorrem todo o litoral brasileiro num motor-home, divulgando o trabalho da ONG SOS Praias Brasil. Até o Carnaval eles estarão em Ubatuba, litoral norte de São Paulo.

Marinello tenta convencer as pessoas de que, além da poluição em si, o ato de jogar as bitucas no chão é repugnante. "Lembro que, há uns 10 anos, eu estava com uma namorada numa praia do Rio de Janeiro e ela jogou a bituca no chão. Perguntei o motivo e ela disse que, se não houver lixo nas ruas, os garis vão perder os empregos. Fiquei indignado com isso! Garis sempre vão trabalhar, mas a natureza pode não continuar por aí, se continuarmos a poluir o meio-ambiente."

O trabalho de Marinello não se restringe à conscientização das pessoas nas praias. Ele se preocupa também com a quantidade de bitucas atiradas nas ruas. "Esse tipo de poluição aumentou muito depois da lei antifumo em lugares fechados. As pessoas vão para as ruas contrariadas e, sem um cinzeiro por perto, atiram a bituca nas calçadas mesmo. É muito feio!"

Marinello já se fantasiou de Homem Bituca para abordar pessoas no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, em São Paulo. Ele levou uma escultura formada por 15 mil bitucas - que é o quanto uma pessoa que fuma um maço por dia produz em dois anos. "Foi uma experiência difícil, porque as pessoas estavam furiosas com essa lei, mas, mesmo assim, tentei falar da necessidade de não se jogar as bitucas no chão."

Multa
Pouca gente sabe, mas empresas de São Paulo que mandam seus funcionários fumarem fora do prédio e não recolhem as bitucas de cigarro podem ser multadas em R$ 50, conforme determina a lei municipal de limpeza (13.478/05). Quem joga a bituca está sujeito a uma multa dez vezes maior (R$ 500). A punição depende do flagrante - o fiscal da prefeitura precisa ver o fumante sujando a calçada.

Caso não haja uma lixeira fixada pela prefeitura por perto, o recomendado é que a empresa disponha de recipientes portáteis de lixo junto aos locais em que os fumantes se reúnem. Ao final do dia, essas lixeiras devem ser recolhidas pelas próprias empresas.

Outra dica é a popularização do "porta-bituca", pequenos recipientes plásticos que servem para guardar os restos de cigarro. Esse tipo de objeto é comum no Japão - ele é vendido junto com o maço de cigarros. Sua aparência lembra a de uma caixinha de balas e a capacidade chega a até dez bitucas. "Nós distribuímos muitos desses porta-bitucas, mas o ideal seria que as próprias fabricantes de cigarro fizessem esse trabalho", diz Marcelo Marinello, da ONG SOS Praias Brasil.
Ele afirma ter conversado com representantes da Souza Cruz e da Philip Morris, as duas maiores empresas tabagistas que atuam no Brasil. "Mas eles disseram que não poderiam ajudar na nossa campanha, porque, assim, estariam 'passando o recibo' de que poluem o meio-ambiente", diz Marinello.

Procurada pela reportagem do Yahoo!, a assessoria de imprensa da Souza Cruz negou a informação de Marinello. O gerente de Assuntos Corporativos da Philip Morris Brasil, Tommaso Di Giovanni, também negou a versão da ONG e explicou, por e-mail: "Como uma empresa de bens de consumo que atua de maneira responsável, não queremos que nossos produtos, embalagens e outros ítens sejam descartados de forma inapropriada. Apesar de muitos consumidores já descartarem resíduos de maneira adequada, consideramos importante continuar a lembrá-los sobre a necessidade de descartar os resíduos de maneira responsável."

Fonte..:: Yahoo

(recicle suas idéias)
Comentários
1 Comentários

1 comentários:

  1. A bituca do cigarro é um grande problema nos centros urbanos.
    Em Curitiba, 8 milhões desses resíduos são descartados por dias.
    O PROGRAMA BITUCA ZERO, criado pela empresa curitibana ECOCITY Souções Ambientais, é uma programaambiental com foco na sustentabilidade. Uma importante ferramenta na gestão de resíduos.
    A empresa atende todo o ciclo do resíduo: a implantação de coletores especialmente desenvolvidos, a coleta semanal dos resíduos e a reciclagem.
    Todo o processo é 100% paranaense e atende toda a legislação em vigor.
    Após a reciclagem, os sub-produtos voltam para a natureza, utilizados em áreas ambientamente degradadas.
    Informações: ecocitybrasilgmail.com
    WWW.ECOCITYBRASIL.BLOGSPOT.COM

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