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terça-feira, 16 de março de 2010

Ilha de São Vicente - De onde vem a água que usamos?

A escassez da água é a grande preocupação de ambientalistas e o uso racional desse precioso líquido é alertado por especialistas, inclusive pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Porém poucos vicentinos sabem qual a origem da água que é utilizada na Cidade e a importância do uso racional.

De acordo com um novo estudo sobre o clima mundial o aquecimento global causará grave falta de água na China, na Austrália e em partes da Europa e Estados Unidos. Até o final do século, as alterações climáticas farão com que a falta de água afete entre 1,1 e 3,2 bilhões de pessoas, segundo o Painel Intergovernamental para a Mudança Climática.

Com o intuito de conscientizar a população de São Vicente para o uso racional da água e desvendar de onde vem o precioso líquido que abastece toda a Cidade, a equipe do Jornal Vicentino entrevistou o gerente de operações de São Vicente, o engenheiro industrial Reynaldo Eduardo Young Ribeiro.

Tudo começa nos mananciais, reservas hídricas como rios e represas, que são utilizados como fonte de abastecimento. Mesmo não tendo poder legal de fiscalização a empresa realiza monitoramento nos mananciais de todo o Estado. “A Sabesp faz análises dos mananciais e rios periodicamente”, explica o gerente de operações de São Vicente.

É certo que a água que chega para o consumo da população vem de mananciais, mas de onde vem o líquido que é consumido em São Vicente?

Reynaldo explica com detalhes qual o manancial que é utilizado como fonte de abastecimento. “85% da água que abastece São Vicente e o município de Santos vem do rio Cubatão”, conta.De acordo com o gerente de operações de São Vicente, uma porcentagem mínima da represa Billings, cerca de 15%, é utilizada para o tratamento.

Já na Área Continental, o abastecimento é feito por um manancial menor localizado no Rio Branco. “No continente temos também o reforço do sistema da ilha que abastece a Área Continental”, revela.

Mesmo com o monitoramento do manancial, água quem vem do rio Cubatão sempre detém resíduos de materiais com as quais entra em contato, além de conter microorganismos que podem gerar contaminação e danos a saúde.

Tratamento
A partir daí que entra em ação a Estação de Tratamento de Água (ETA) de Cubatão. “O tratamento visa reduzir as impurezas prejudiciais e nocivas à saúde e tem por finalidade melhorar a qualidade da água”.

A estação de Cubatão começou a operar em 1963 com capacidade de 1,0 m³/s. Já em 1969 ela foi duplicada com a construção da 2ª etapa do projeto e em 1985 passou por reforma, ampliando a capacidade de tratamento.

De acordo com Reynaldo, o processo de tratamento da água, que demora em torno de uma hora, é desenvolvido em seis etapas. Após passar por todas as etapas de tratamento, a água vem por tubulações até o túnel reservatório que fica sob o morro Santa Terezinha/Voturuá (saber mais) e aí é distribuída para as cidades de São Vicente e Santos. “A capacidade do reservatório é em torno de 110 mil m³ que é dividido para as duas cidades”, explica o gerente de operações de São Vicente.

A água sai do túnel reservatório e segue pela rede de distribuição, um conjunto de tubulações e peças destinadas para conduzir a água até as residências, comércios e indústrias de São Vicente.

Reynaldo explica que a rede de distribuição é monitorada 24 horas por dia através de equipamentos modernos. “Fazemos monitoramento online. Tenho aqui noção de todo o abastecimento de água não só de São Vicente, mas de todas as cidades da região”, explica.

As ferramentas de gerenciamento, como conta o gerente de operações, são fundamentais para uma excelente prestação de serviço à população. “Eletronicamente temos sensores espalhados por toda a rede e vamos acompanhando o abastecimento e a qualquer anormalidade a gente identifica e vai regularizar”, conclui.

Conscientização
Além do recente estudo sobre o aquecimento global citado acima, outro estudo da Organização das Nações Unidas (ONU) aponta que até o ano de 2025 pelo menos 55 países poderão sofrer sérios problemas de abastecimento ou até mesmo escassez total de água para consumo humano.

O Brasil ocupa uma posição privilegiada, porque possui 13,7% de toda a água doce disponível no planeta. Mesmo assim especialistas alertam para possíveis crises de escassez devido a má distribuição e o uso inadequado do líquido.

A Sabesp mantém, regularmente, campanhas que visam a conscientização do uso da água. O uso racional é sempre ressaltado em campanhas publicitárias e palestras que a empresa realiza nas escolas. “Uso racional é a utilização da água efetivamente para o uso mais nobre que ela tem”, explica Ribeiro.

Para ele as campanhas também servem para que a empresa possa melhorar o atendimento para toda a população. “O desperdício não tem só a ver com a falta de respeito ao meio ambiente, mas porque também reflete em termos de receita. Com o aumento dos gastos não podemos otimizar os serviços”, finaliza

Fonte..:: Jornal Vicentino

(recicle suas idéias)


 
 

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