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segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Imagens e História do Largo do Carmo - Praça Barão do Rio Branco - Conjunto do Carmo em Santos SP

Praça Barão do Rio Branco, antigo Largo do Carmo, vendo-se o Convento e a Venerável Ordem Terceira do Carmo. No lugar do prédio à esquerda situa-se o edifício construído para o Instituto Brasileiro do Café (IBC), e que depois abrigaria instalações da Polícia Federal. A praça, hoje, conta com o monumento a Gaffrée e Guinle, construtores do porto santista:
Calendário de 1979, editado pela Prodesan - Progresso e Desenvolvimento de Santos S.A., 
com o tema Imagens Antigas e Atuais. Santos/SP, 1979

No século XIX, a área era conhecida como Largo do Carmo, em função da igreja desse nome, aqui vista à esquerda em foto de 1865, que à direita mostra o Arsenal de Marinha:
Pátio do Carmo, em foto de Militão Augusto de Azevedo
(albúmen com 11,0 x 14,2 cm. Acervo Museu Paulista)
Imagem reproduzida no livro Santos e seus Arrabaldes - Álbum de Militão Augusto de Azevedo, de Gino Caldatto Barbosa (org.), Magma Editora Cultural, São Paulo/SP, 2004

Sobre esse local, escreveu o arquiteto Gino Caldatto Barbosa, no livro Santos e seus Arrabaldes - Álbum de Militão Augusto de Azevedo, em 2004:

"Espaço determinante da presença da Igreja e Convento do Carmo, Arsenal da Marinha, situado à direita na fotografia, e antiga Casa de Câmara e Cadeia, posicionada atrás do fotógrafo, configurando um largo em formato triangular, em cujos vértices se projetam as ruas Direita, Meridional e Setentrional. Por muito tempo, o eixo viário da Rua Direita foi a espinha dorsal do crescimento da cidade para o sentido Oeste, servindo como importante rota de circulação de mercadorias, que consolidou a vocação mista de comércio e moradia local.

"O grande número de sobrados, vistos na perspectiva distante, tendo a loja no rés do chão e a residência na parte superior, determinava o alto padrão econômico dos comerciantes, grande parte originária de Portugal. Em 1865, na Rua Direita, alinhava-se todo tipo de negócio – depósito de açúcar, hotel, joalheria, sapataria, estúdio fotográfico -, constituindo-se o local como principal polo comercial da cidade.

"Infelizmente, Militão deixou apenas um registro à distância dessa importante via, posicionando-se em um ponto mais recuado do local onde Willian Burchell, em 1826, havia desenhado uma perspectiva da rua. Possivelmente, ficou mais seduzido pela cenografia tortuosa dos beirais e do movimento incessante de carroças e pessoas, desprezando outras tomadas ao longo de sua extensão".

Detalhe da imagem, mostrando o intenso movimento comercial na Rua Direita, futura XV de Novembro:
Rua Direita, vista do Pátio do Carmo, em detalhe de foto de Militão Augusto de Azevedo

O Carmo, em foto de 1865:
Capela da Ordem Terceira, Igreja e Convento do Carmo, em foto de Militão Augusto de Azevedo
(albúmen com 17,5 x 10,8 cm. Acervo Museu Paulista)
Imagem reproduzida no livro Santos e seus Arrabaldes - Álbum de Militão Augusto de Azevedo, de Gino Caldatto Barbosa (org.), Magma Editora Cultural, São Paulo/SP, 2004

Sobre esse conjunto e as fotos feitas em 1865, novamente escreveu Gino Caldatto Barbosa, no livro Santos e seus Arrabaldes - Álbum de Militão Augusto de Azevedo, em 2004:

"A presença carmelita em Santos data do final do século XVI, facilitada com a doação, pela família Adorno, da Capela Nossa Senhora da Graça, situada próxima ao Valongo, onde se passaram a exercer as atividades da ordem. O fundador de Santos, Braz Cubas, também contribuiu com a concessão de terras para a construção da futura igreja, no local atualmente denominado Praça Barão do Rio Branco.

"Os edifícios documentados em 1865 expressam as reformas realizadas no século XVIII para a introdução do repertório barroco na Capela da Venerável Ordem Terceira, à esquerda, em 1752, e na Igreja da Ordem Primeira, concluída dois anos depois, em 1754. Integridade arquitetônica hoje inexistente, prejudicada com a descaracterização do convento, situado à direita da igreja, para a inclusão do Panteão dos Andradas, em 1923, até resultar na demolição da parte restante do edifício, promovida em meados do século XX.

"O conjunto do Carmo aparece em três aproximações distintas, que o fotógrafo documentou por meio das tomadas da Rua Meridional e do Pátio do Carmo e na imagem específica da grande edificação feita ao lado da Cadeia Velha" (N.E.: Cadeia Velha da Praça da República, em contraposição à nova que estava então sendo inaugurada na Praça dos Andradas, e que atualmente é conhecida também por aquela denominação).

O mesmo local, em foto de 1898:
Foto cedida a Novo Milênio pelo professor e pesquisador Francisco Carballa

A praça, vendo-se à esquerda o Santos Hotel e ao fundo a igreja Matriz, tendo o complexo do Carmo à direita, em foto de 1901. A dedicatória é "Ao Amigo Dr. Guilherme Álvaro (...)":
Foto cedida a Novo Milênio pelo professor e pesquisador Francisco Carballa

Detalhe da foto acima, mostrando os bondes com tração animal e mais detalhes da Matriz (que seria demolida até 1908):
Foto cedida a Novo Milênio pelo professor e pesquisador Francisco Carballa

Em foto de José Marques Pereira feita em 1902:
Foto publicada na edição especial da Revista da Semana/Jornal do Brasil de janeiro de 1902, e na edição 4 da revista Santos Illustrado, de 26 de janeiro de 1903 (acervo: historiador Waldir Rueda)

O mesmo local, em foto de 1954, em que ainda se via o prédio do convento:
Foto: Guia Turístico Santos 1954, de Francisco Martins dos Santos, Santos/SP  (acervo: historiador Waldir Rueda)

A praça, vista desde a esquina das ruas Augusto Severo e XV de Novembro, tendo à direita o complexo do Carmo e ao fundo o Santos Hotel, em 1927:

Foto: reprodução da página 1 do jornal santista A Tribuna, edição de 14 de janeiro de 1927


Em 1910:
 
"Praça da República" (na verdade, vista ao fundo. Em primeiro plano está a Praça Barão do Rio Branco, tendo à direita a igreja e o convento do Carmo, e à esquerda o edifício que em 1924 seria ocupado pelo Santos Hotel). Foto publicada na revista paulistana A Lua nº 8, de março de 1910.

Fonte..:: Novo Milênio


Foto Antiga Santos século 18 - Largo do Carmo Praça Barão do Rio Branco Conjunto do Carmo em Santos SP.



Para Roteiros de Turismo Históricos e Culturais na Baixada Santista


terça-feira, 20 de abril de 2010

Pionerismo de Itatinga - Usina de Itatinga - Vila de Itatinga - Turismo Bertioga

Texto publicado na seção Porto & Mar do jornal santista A Tribuna, em 18 de agosto de 1986:

Obras da represa de Itatinga, até 1906
Foto: Museu do Porto de Santos/CDS-Codesp e Acervo Novo Milênio
Itatinga, pioneirismo nacional

Por..:: Ricardo Evaristo dos Santos (*)

Se quisermos retratar um dos capítulos importantes e significativos do desenvolvimento do Porto de Santos, teríamos que nos reportar ao surgimento da pequena vila, com suas 70 casas pintadas de verde e amarelo (cor da Cia. Docas de Santos), que se encontra encravada em plena Serra do Mar, no Distrito de Bertioga, a sete quilômetros do Rio Itapanhaú, e cujo nascimento se deve à hidrelétrica que fornece energia ao Porto.

Sua história se prende às muitas disputas em que a Light e o grupo de Gaffrée e Guinle se envolveram, numa das contendas mais acirradas para defender e garantir monopólios, tanto no transporte urbano sobre trilhos como na geração e distribuição de energia elétrica em São Paulo. Esta última foi mais polêmica entre os idos de 1909 a 1911.

A luta do grupo nacional de Gaffrée e Guinle, contra o monopólio da Light, vem desde a criação da Rio Light em 1904. Em 1888, tornaram-se concessionários do Porto de Santos, constituindo para esta finalidade a empresa Gaffrée, Guinle & Cia., com sede no Rio de Janeiro. Em 1890, a firma elevaria o capital e mudaria para Empresa das Obras dos Melhoramentos do Porto de Santos. Em 1892, seria reorganizada como sociedade anônima, adotando a designação definitiva e consagrada de Companhia Docas de Santos.
Desse modo, o grupo realizaria em Santos sua obra mais importante, construindo - sob a direção do brasileiro Guilherme B. Weinschenck - o primeiro porto nacional em condições de receber navios de grande porte. Segundo Hélio Lobo, a participação de Gaffrée e Guinle na construção da estrada de ferro e na melhoria e operação do Porto de Santos despertou a atenção dos arrojados empresários para as potencialidades no setor.

Entre esses, a aquisição da Cachoeira de Itapanhaú e a construção da Usina de Itatinga, em São Paulo. Essas obras foram incorporadas ao patrimônio da Companhia Brasileira de Energia Elétrica, fundada por Gaffrée e Guinle em 1909, no Rio de Janeiro, exclusivamente com acionistas brasileiros, entre os quais o conhecido industrial paulista Jorge Street, que muito fez para a concretude desse evento na época [1].
A princípio, Gaffrée e Guinle mantiveram relações de negócios amistosos com a Light, entre 1904 e 1905. Porém, novos atritos surgiram com as pressões do financista norte-americano Percival Farquhar, para assumir o controle da Companhia Docas de Santos, como já havia feito com outros portos importantes. Ou seja, o ponto de discordância no relacionamento entre os dois grupos poderia ter sido, na época, a tentativa da Companhia Docas de Santos de vender em São Paulo a energia excedente de sua usina de Itatinga, construída em 1906 para atender as necessidades do porto.

Desse modo, em 1907, a firma Guinle & Co., sucessora de Aschaff & Guinle, assinava um contrato com a Repartição de Águas de São Paulo para o fornecimento de 300 HP à Estação de Bombeamento.

Uma semana depois, Alexandre Mackenzie insiste com os diretores da São Paulo Light & Power que procurassem o governador e o prefeito para "pôr um ponto final nos planos de Guinle & Co.". E recomendou, ainda, "que façam todos os esforços para garantir a concessão do fornecimento de eletricidade no Município de São Bernardo, a fim de criar uma nova dificuldade para a ligação entre Santos e São Paulo pretendida por Guinle" [2].

No entanto, Guinle & Co. resistem e, em 1908, conseguem a representação da GE no Brasil. Nessa época, obtêm do Governo Federal um decreto de autorização da construção de uma linha transmissora de Itapanhaú, onde pretendiam levantar uma nova usina, até São Paulo.
Finalmente, em 5 de fevereiro de 1909, a Companhia Docas solicita à Prefeitura de São Paulo autorização para vender na Capital o excesso de energia da Usina de Itatinga.

O preço da tarifa oferecido era extremamente conveniente e o prefeito Antônio Prado defere o pedido, não entendendo a concessão pela companhia. Mas, a Light não se conforma e sai a campo através de uma inflamada polêmica sobre a terminologia "Lugares ocupados". Em 29 de abril do mesmo ano, a Câmara Municipal de São Paulo interpreta "Lugares ocupados" na lei nº 1.210, em sentido favorável à Light.
Após esse fato, o prefeito revoga a autorização concedida a Gaffrée e Guinle - que, no entanto, não se conformam e solicitam novo pronunciamento da Câmara, o que leva a mesma a voltar, em 22 de maio, e concordar com Gaffrée e Guinle na expresão "Lugares ocupados", referindo apenas a ruas e praças em que já estivessem instaladas luz e força. O prefeito, no entanto, mantém - para surpresa de Gaffrée e Guinle - a revogação da autorização.

O pano de fundo nisso tudo era a pressão exercida por Alexandre Mackenzie e seus pares, dando prioridade à Light, na defesa desse monopólio, levando até diminuição das tarifas de luz e força e tarifas também de bonde. Por fim, Gaffrée e Guinle resignaram-se à força da Light (e de Amforp em outros estados), desistindo do setor de geração e distribuição de energia elétrica.

Vila de Itatinga, em 1910
Foto: Museu do Porto de Santos/CDS-Codesp e Acervo Novo Milênio

Itatinga - A 10 de outubro de 1910 era inaugurada, com toda a pompa que a ocasião exigia, a Hidrelétrica de Itatinga: tratava-se de uma das maiores, entre as primeiras do gênero. Sua importância está ligada, durante muito tempo, no cumprimento das necessidades das instalações portuárias, bem como no fornecimento de toda a eletricidade consumida pelos municípios de Santos, São Vicente e localidades vizinhas.

A partir dos anos 20, a Light vai utilizar a energia gerada em Itatinga na construção da Usina Henry Borden, em Cubatão. Os equipamentos principais da Usina de Itatinga foram totalmente importados, a citar os alternadores alemães da Voith e as turbinas norte-americanas da General Electric.

Sua instalação se deu numa área de 76,6 quilômetros quadrados, onde as águas se escoam pelo vale estreito e o mesmo rio rompe a serra - ponto onde, pouco abaixo, se acha a atual represa e o início do canal aberto. Nas enchentes, pode-se avaliar, aproximadamente, o volume máximo que se escoa, por segundo, em 360 metros.

Armazenadas as águas, por ocasião da enchente, durante um período de 11 dias, por uma barragem feita em lugar relativamente estreito, daria na época 9.000 litros por segundo.A construção da barragem, para aproveitamento da força hidráulica, não oferecia dificuldade na época. A sua altura não era excessiva. Além de duas comportas para regularizar o fornecimento da água, a muralha seria construída com vasto vertedor para as sobras durante as grandes enchentes. Essa construção, na época, era conveniente para garantir também o fornecimento de 3.000 litros por segundo à atual instalação. Utilizando-se os 6.000 litros que sobram, é possível construir-se uma outra usina geradora na época, em uma baixada de cerca de 1 quilômetro distante da atual. Pelo exposto, se concluía que, no futuro, se poderia dispor de uma energia total de 56.000 HP [4].

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS:
[1] LOBO, Hélio - Docas de Santos - Suas origens, lutas e realizações. Typ. do Jornal do Comércio, Rio de Janeiro, 1936, p. 2 inBoletim Histórico Eletropaulo nº 5, fevereiro de 1986 pp. 5-6.
[2]Boletim Histórico, Eletropaulo nº 5, fevereriro de 1986 pp. 5-6.
[3]Reportagem sobre Itatinga (Conheça o seu Bairro) in Jornal A Tribuna de 14/04/85.
[4] Vários Autores - Impressões do Brazil no Século Vinte, Londres, Lloyd's Greater Britain Publishing Company, Ltda., 1913, pp. 279-280.

(*) Ricardo Evaristo dos Santos é pesquisador, hispanófilo licenciado - 1984 - e bacharel em História, pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Católica de Santos. Em 1984 exerceu a monitoria da cadeira Civilização Ibérica, na mesma instituição. Atualmente (N.E.: 1986) é diretor de Pesquisa e Documentação do Instituto de Estudos "Pontes de Miranda" e trabalha no Arquivo Histórico Municipal "Dr. José da Costa e Silva Sobrinho".

Crescimento do Porto de Santos sempre foi vinculado à produção de Itatinga
Foto..:: reprodução, publicada com a matéria
Fonte..:: Novo Milênio

Várias Fotos Antigas:

Alunos Escola de Itatinga - Foto Antiga Bertioga SP.

 Bonde Itatinga - 1984 - Foto Antiga Bertioga SP.

 Década de 80 - Foto Antiga Bertioga SP.

Década de 80 - Foto Antiga Bertioga SP

 Escola Docas de Santos na Vila de Itatinga - Foto Antiga Bertioga SP.

 Escola Itatinga 1983 - Foto Antiga Bertioga SP.

Igreja Itatinga - Década de 80 -  Foto Antiga Bertioga SP.

 Itatinga 1983 - Foto Antiga Bertioga SP

Maquinário Usina de Itatinga - Foto Antiga Bertioga SP.
 
 Tubulações Itatinga - 1906 - Foto Antiga Bertioga SP


 Bonde Usina de Itatinga - 1980 - Foto Antiga Bertioga SP

Bonde Usina de Itatinga - 1980 - Foto Antiga Bertioga SP

 Usina de Itatinga - 1980 - Foto Antiga Bertioga SP

Para conhecer a Vila de Itatinga entre em contato com a R9 Turismo 




segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Foto da Semana - Reveillon 2011 São Vicente / SP

Créditos imagem..:: Reginaldo Amaral "Baratta"

SÃO VICENTE CELEBRA CHEGADA DE 2011 COM PAZ E FELICIDADE

O ano de 2011 começou em São Vicente com muita paz e tranqüilidade. Mais de 500 mil pessoas passaram pelas orlas das Praias da Cidade para acompanhar a queima de fogos, que marcou a chegada do novo ano. Pouco depois, ainda nos primeiros minutos de 2011, a dupla Bruno & Marrone subiu ao palco montado na Praia do Itararé e comandou um grande show, que empolgou as mais de 80 mil pessoas que passaram pela arena. Durante toda noite de 31 de dezembro e a madrugada de 1° de janeiro, não foram registradas ocorrências graves.

A programação da virada do ano em São Vicente começou com a apresentação do cantor e compositor Henrique Marx. A chuva que caiu no início do show, por volta das 22 horas, não desanimou nem um pouco quem estava presente na arena. A contagem regressiva foi comandada pela atriz Marissol Dias. E a meia-noite, muita festa, abraços, lágrimas e os desejos de que 2011 sera bom.

Antes de subir ao palco, a dupla Bruno & Marrone mostrava toda a felicidade de estar passando a virada em São Vicente. “Temos 25 anos de estrada e é sempre importante poder começar o ano com esta energia que sentimos aqui. Fazer um show de frente para o mar, com uma arena lotada é muito significante”, disse Bruno. “E São Vicente é uma Cidade especial. Estamos muito contentes de estar aqui e poder compartilhar esta alegria, de celebrar um novo ano, com o público do Litoral e os turistas que vieram pra cá”, completou Marrone.

O prefeito de São Vicente, Tercio Garcia, fez questão de agradecer aos presentes. “Os vicentinos e visitantes fizeram um Réveillon de paz e alegria. Esta é a prova de que é possível se divertir com responsabilidade. Recebemos bem 2011 graças a todos que protagonizaram esta bela festa”, ressaltou Tercio.

Lixo - Segundo a Companhia de Desenvolvimento de São Vicente (Codesavi), mais de 200 toneladas de lixo foram retiradas das orlas das praias do Município nas primeiras horas de 2011. As equipes da Operação Verão começaram os trabalhos às 5 horas e os concluíram no final da manhã. Mais de 18 caminhões foram necessários para recolher os detritos.

“Mais uma vez trabalhamos de maneira rápida e efetiva na limpeza das praias. Já é tradição organizarmos esta grande força tarefa para deixar tudo limpo para que os moradores de São Vicente e os turistas possam aproveitar da melhor maneira possível”, observa o diretor-presidente da Codesavi, Márcio Papa.

Hoteis – Segundo levantamento prévio da Secretaria de Turismo (Setur) a lotação dos hoteis da Cidade ficou próxima dos 100%. O resultado foi comemorado pelo responsável da Pasta, Brito Coelho.

“É a prova de que as ações de fomentação ao turismo estão dando frutos. Se os hotéis estão lotados, o comércio estará aquecido, as praias movimentadas e a economia da Cidade gira. E o que é melhor é que a rede hoteleira de São Vicente vem registrando bons desempenhos mesmo fora da temporada. Isso por causa de ações como a descoberta do pré-sal, por exemplo”, completou.
 
Fonte..:: Prefeitura de São Vicente 
 
(foto da semana, evento_programação)

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Um pouco de História e Fotos Antigas do Porto de Santos SP





















Por..:: Mauri Alexandrino
Foto..::  Na foto, o cais do Valongo em 1905. Acervo de José Carlos Silvares. 

Portos não têm o nome das cidades que os abrigam por acaso. Em geral, é em torno deles que elas cresceram. Portos sempre fazem parte da paisagem urbana, com seus mastros e velames, carroças, chaminés, máquinas a vapor, seus motores e lâmpadas, caminhões, guindastes, uma paisagem que muda com o tempo e a invenção humana.

Portos e cidades ligam-se, apoiam-se, dependem um do outro desde que existem as trocas comerciais. Sempre surgiram em bons pontos na costa, protegidos de ventos, em áreas com demanda de transporte de produtos.

Alguns desapareceram enquanto outros progrediram ao sabor das mudanças na produção do que é necessário à vida ou à acumulação de riquezas. Iguape, por exemplo, já teve um porto mais importante que o de Santos e esta, por sua vez, menos cidade que embarcadouro, já foi apenas o Porto da Vila de São Vicente.

Não se comemora, agora, exatamente, o aniversário do Porto de Santos. Ele é tão velho quanto o primeiro povoamento, antes da chegada de Martim Afonso de Souza. Não há uma data certa.

No dia 2 de fevereiro rememoramos a atracação do navio inglês Nasmith no primeiro trecho do cais moderno - o início do atual Porto de Santos, em 1892.

Atrás do porto há uma cidade. Essa era condição decisiva para quem chegava do mar. Era promessa de descanso, de obtenção de produtos de consumo frescos, de alguma vida em terra firme mesmo que só por algum tempo.

Mas Santos, em 1890, não era flor que se cheirasse. A cidade fedia e infernizava 15.605 habitantes, moradores de 2.167 habitações, a maioria coletivas, debatendo-se entre febres, varíola, cólera, infecções de todo tipo, "o lugar mais terrivelmente nauseabundo em que já estive", disse Richard Burton, aventureiro inglês que, por essa época, tornou-se cônsul britânico por aqui.

Navios não desembarcavam passageiros nem tripulantes, ou ficariam de quarentena.A cidade atrás do porto tinha um aspecto terrível quando se construía o novo cais. Era tipicamente colonial, de vielas tortuosas, ruas estreitas, não alinhadas e de escasso calçamento, que se tornavam lagos lamacentos em dias de chuva.
Prédios precários, à beira da rua, sem uma clara distinção de espaços públicos e privados, onde empilhavam-se cargas misturadas às "casas de pasto", os periculosos fast food dos trabalhadores de então, ao lado de cocheiras fétidas.

Oitenta por cento da população era de trabalhadores da construção do cais e da ferrovia, estivadores e carregadores, carroceiros que moravam em cortiços da pior espécie, mas que eram baratos e mais próximos do trabalho.

Não era raro que pessoas doentes fossem deixadas na rua, onde morriam e putrefavam até que o serviço municipal recolhesse o corpo. Tetos baixos, com beirais largos que se projetavam para a rua, diminuindo um pouco o calor intenso das horas mais quentes, mesmo com umidade pegajosa, eram o máximo em comodidade urbana. Era onde acumulavam-se detritos de toda espécie, considerado o espaço de todos e, por isso, de ninguém.

O conceito de moradia e rua como espaços distintos é posterior a esse período na cidade. Quem podia morar em São Paulo, o fazia, mesmo tendo seus negócios em Santos ou dependendo do movimento do porto."Um poço de infecções que, ou bem se saneia ou se abandona em nome da saúde pública", escreveu o poeta Vicente de Carvalho sobre sua própria cidade, quando ocupava o cargo de secretário de Obras do Estado.

As doenças santistas começavam a subir a serra nesta época e ninguém mais estava seguro, nem os mais ricos. Limitação crescente ao comércio, especialmente do café, razão da construção da ferrovia e de um porto moderno, as doenças punham tudo sob risco.

Era tão grave a situação que, em 1886, nada menos que 2 mil estrangeiros e brasileiros de outras regiões, trazidos para as obras do porto, simplesmente haviam fugido. Entre 1890 e 1900 morreram 22.588 pessoas nas epidemias, metade da população inteira.

Os santistas eram abastecidos principalmente pelas canoas, que traziam peixe e bananas das cidades em torno e também as cargas que chegavam a Cubatão em tropas de burros, especialmente o toucinho, o feijão e a farinha. E esse era parte do problema da cidade com o porto.

O mercado era o ponto de parada das canoas. Durante a construção do cais, ninguém sabia onde estaria o mercado na semana seguinte, mudando de lugar empurrado pela Companhia Docas de Santos.

Os trapicheiros, que eram a elite local, resistiam à Companhia. Os armazéns e pontes de embarque, mesmo precários, lhes rendiam bom dinheiro. No ano em que se inaugurou o cais novo, por exemplo, a Câmara Municipal aprovou todos os pedidos de construção de novas pontes e trapiches, buscando afrontar a nova ordem que lhe tirava poder e riqueza.

Houve até mesmo sabotagens conhecidas ao plano de saneamento da cidade, que realocava espaços e eliminava cortiços desalojando moradores não raramente com violência. Foi nesse período que Santos começou a tomar a forma e a identidade que tem hoje.

Fonte..:: Jornal da Orla

Foto Antiga Santos SP: Porto de Santos (Meados de 1900).


CARREGADORES DE CAFÉ (1902). Olha eles aí, fazendo pose para o famoso fotógrafo José Marques Pereira, na virada dos séculos 19 para o 20. O Jacinto, o conhecido Sansão do Cais Santista, está na imagem (é o sexto, contado da esquerda para a direita. Até que ele pegou leve nesta imagem, uma vez que este estivador era tido como o mais forte do porto. Ao fundo, a velha Alfândega, demolida nos anos 1930. para dar lugar à atual. Fonte: Memória Santista.

Cartão Postal Antigo Santos SP: Porto de Santos (Foto do início do séc. XX ou final do XIX). E circulou como postal em 1906.


Cartão Postal Antigo Santos SP: Docas Embarque de Café e Imigrantes (24-09-1907).
Postal: José Marques Pereira.

Cartão Postal Antigo Santos SP Docas Vapor Nacional Guasca (05-12-1907).
Postal: José Marques Pereira.

Foto Antiga Santos SP: (1912) Porto de Santos

Imigrantes Porto de Santos - anos 20.


Foto Antiga Porto de Santos: (final década de 20). Coleção Laire Giraud.

Foto Antiga Santos SP: Docas Embarque de Café (s.d.).
Postal: José Marques Pereira.


Foto Antiga Santos SP: Docas Embarque de Café (s.d.).
Postal: José Marques Pereira.

Imigrantes Japoneses desembarcando no Porto de Santos (1930) - Foto Theodor Preising

Fotografia Antiga Porto de Santos SP


Foto Antiga Porto de Santos SP

Cartão Postal Panorama do Porto Santos anos 50.

Cartão Postal Panorama do Porto Santos anos 50.


Foto Antiga Porto de Santos - Chegada do 1º ônibus Viação Cometa (1954). O lendário GM Coach PD 4104 prefixo 502, que hoje se encontra no acervo particular do amigo Enferrujado Arthur Mascioli, filho do Patriarca da Cometa Tito Mascioli.

Para Roteiros de Turismo Históricos e Culturais em Santos e Região
www.r9turismo.com


quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Foto da Semana 15 – Café com Bolo na Vila de Itatinga – Bertioga / SP


Foto de ..:: Renato Marchesini

Este delicioso café e o delicioso bolo (que já não estava mais presente na foto para contar história), ambos feitos no fogão à lenha, de forma caseira, fazem parte do roteiro da Vila de Itatinga, em Bertioga / SP, operado pela R9 Turismo.

Não existe melhor maneira de se fechar um roteiro sendo recepcionado por moradores locais com este maravilhoso café, tudo isso no cenário de um sítio beirando o rio e em plena Mata Atlântica...

Ficou com água na boca? Não perca a oportunidade de participar de um dos roteiros mais exclusivos da região da Costa da Mata Atlântica, já possuímos datas para dezembro 2009 e janeiro 2010!!!

Para maiores informações: www.r9turismo.com

<< Livro: Itatinga – A Hidrelétrica e o seu Legado >>
Garanta já o seu!!! – Aqui no Blog Caiçara 

(ecoturismo, recicle suas idéias, foto da semana, turismo terceira idade, evento_programação, promoção_caiçara)


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Foto da Semana 20 – Banho de Cachoeira – Vila de Itatinga, Bertioga/SP

Foto de ..:: Renato Marchesini 

 Existem na vida momentos dos quais esquecemos de todos os problemas da vida cotidiana, momentos dos quais dizemos não ter preço. Tomar um banho de uma deliciosa cachoeira é um deles. Energiza, revigora, refresca...

Proporcione a você este momento, sinta a energia da natureza banhando seu corpo! 

Para saber mais sobre este e outros roteiros na região da Costa da Mata Atlântica, acesse: www.r9turismo.com
R9 Turismo Receptivo na Costa da Mata Atlântica

(foto da semana, promoção_caiçara, ecoturismo, recicle suas ideias)


terça-feira, 30 de junho de 2020

Fotos Antigas Guarujá SP: Avenida Puglisi, quando ela tinha o nome de Rua Central

Os chalés de madeira na Avenida Puglisi, em foto publicada por José Marques Pereira em 1902 e 1904, quando ela era apenas conhecida como Rua Central:

Foto Antiga Guarujá SP: Rua Central / Foto: J. Marques Pereira, publicada na revista carioca Kósmos nº 5, de maio de 1904, cervo do Arquivo Histórico de Cubatão. Foto também publicada na edição especial da Revista da Semana/Jornal do Brasil de janeiro de 1902.

Detalhes da foto acima:


Foto Antiga Guarujá SP: J. Marques Pereira, publicada na revista carioca Kósmos nº 5, de maio de 1904, acervo do Arquivo Histórico de Cubatão.

 Foto Antiga Guarujá SP: A então Rua Central, os chalés e a igreja, num antigo cartão postal do início do século XX. enviada a Novo Milênio por Ary O. Céllio.

A mesma imagem, num cartão postal da Union Postale Universelle colorido à mão. Foto: acervo do historiador santista Waldir Rueda.

Os chalés e a igreja, no mesmo ângulo, porém em época ainda mais recuada. Foto: acervo da Biblioteca Nacional-RJ, publicada no paulistano Jornal da Tarde/OESP de 26/5/1990.

A mesma imagem, em cartão postal do início do século XX, de M. Pontes & Co., para distribuição na loja santista Bazar de Paris. Foto: acervo do professor e pesquisador Francisco Carballa.

Fonte..:: Novo Milênio

Para Roteiros de Turismo Históricos e Culturais em Guarujá e Região


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