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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Mineralogia Ouro

Ouro - número atômico 79, símbolo "Au"; peso específico 19, dureza de 2,5 a 3.

Utilizado em ligas preciosas (jóias, moedas, eletrônicos, aparelhos de precisão, e até em alimentos e cosméticos, etc.).

De cor amarela típica, com risco de mesma cor, aparece na natureza em lâminas muito finas de tons azul-esverdeados por transparência.

É encontrado na natureza em:
a) ouro de minas - contido em filões unidos às rochas graníticas, acompanhando o quartzo;
b) ouro de parcel - concentração de partículas auríferas levadas pelas águas e acumuladas em lugares onde a corrente diminui a força;
c) também é encontrado dissolvido nas águas dos oceanos - supõe-se que existam cerca de 10 bilhões de toneladas de ouro dissolvido, porém sua extração não é vantajosa, pois a média de ouro por tonelada de água é de apenas 0,004mg.

No século XIX a descoberta de grandes jazidas de Witwatersrand na região do Transwaal e na Califórnia e Alaska geraram a "febre do ouro"; posteriormente foram encontradas as ricas jazidas "Rand" na África.

Pepita de ouro de 170 gramas, encontrada em 1980 na região de Carajás, no Estado do Pará, Brasil.

O ouro foi objeto de mineração desde há milhares de anos; muitos estudos que correlacionam os contos divinos mesopotâmicos com a lista de patriarcas bíblicos do período pré-diluviano salientam, de acordo com a Bíblia, que Tubal-cainera era um "artífice de ouro, cobre e ferro", muito antes do dilúvio.

Em sumério o ouro era considerado o supremo metal e recebia o nome de Ku.Gi = "brilhante fora da terra". Ophir era a localidade na África onde o rei Salomão mandava seus barcos em busca de ouro para a construção do Templo. Nota: "ouro de gato" - denominação popular dada à mica biotita negra descorada, de cor dourada em função da meteorização.

(mineralogia)

terça-feira, 29 de novembro de 2011

O Petróleo - De onde vem para onde vai?

De..:: Akatu Mírim


(recicle suas idéias, mineralogia)




quarta-feira, 20 de abril de 2011

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Mineralogia: Níquel

Por..:: Emerson Santiago

O Níquel é um metal branco prateado, dotado de qualidades significativas à utilização industrial, como por exemplo, a ductibilidade (propriedade física de um material de suportar deformação plástica sob a ação de uma de terminada carga, sem o risco de fratura ou rompimento), ou então a maleabilidade (capacidade de ser moldado por deformação).

O níquel é um material de grande resistência mecânica à corrosão e à oxidação, possuindo ainda um sistema de oxidação isométrico (ou seja, uma forma disposta que apresenta distância igual entre seus mais diversos pontos). Seu peso específico é de 8,5 g/cm³, com um ponto de fusão localizado em aproximadamente 1453 graus Celsius, possuindo um peso atômico de 58,68. Seu número atômico é 28, valendo ao níquel um lugar entre os denominados "metais de transição" na tabela periódica dos elementos químicos.

O nome do metal deriva da palavra alemã "kupfernickel", em uma referência à nicolita (mineral raro, encontrado em veios hidrotermais, de fórmula química "NiAs") pelos mineiros alemães à época de sua identificação no século XVII. Já em 800 a.C. encontramos o elemento presente em objetos manufaturados, como armas e moedas. Sua importância na economia industrial, porém, foi insignificante até 1820 quando Michael Faraday, em colaboração com seu associado Stodard obtiveram sucesso em elaborar a liga sintética de ferro-níquel, indispensável ao progresso da moderna economia industrial. A produção industrial de níquel metálico refinado ocorre pela primeira vez na Alemanha, em 1838.

O níquel é bastante usado sob sua forma pura, para a produção de protetores de peças metálicas, devido à sua já mencionada alta resistência à oxidação (ferrugem). É aplicado principalmente em ligas ferrosas e não-ferrosas para consumo no setor industrial, em material bélico, em moedas, na área de transporte, nas aeronaves, na área de construção civil, aços inoxidáveis, ou ainda na produção do ímã artificial conhecido como Alnico (sigla referente aos componentes do mesmo: Alumínio, Níquel e Cobre). O sulfato de níquel presta-se à chamada galvanoplastia, banhos de sais de níquel nos quais obtêm-se a niquelagem, processo que permite um acabamento refinado e protetor de diversas peças de metal.

A maioria do níquel extraído é utilizado na siderurgia (cerca de 70%), enquanto que o restante é empregado na composição de ligas não-ferrosas e na galvanoplastia. Esta utilização é regulada por uma categorização em "classes". Assim, são classe I os derivados de alta pureza (com mínimo de 99% de pureza), destinados ao uso na siderurgia. Na classe II, o produto possui entre 20% e 96% de níquel, e é empregado na fabricação de aço inoxidável e ligas de aço.

Bibliografia:
http://www.dnpm.gov.br/assets/galeriadocumento/balancomineral2001/niquel.pdf - Página do DNPM - Departamento Nacional de Produção Mineral - Níquel (por Cristina Socorro da Silva)


Fonte..:: InfoEscola

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O SOL

O Sol é o objeto mais prominente em nosso sistema solar. É o maior objeto e contém aproximadamente 98% da massa total do sistema solar. Cento e nove Terras seriam necessárias cobrir o disco do Sol, e em seu interior caberiam 1,3 milhões de Terras. A camada externa visível do Sol é chamada fotosfera, e tem uma temperatura de 6.000°C. Esta camada tem uma aparência turbulenta devido às erupções energéticas que lá ocorrem.

A energia solar é gerada no núcleo do Sol. Lá, a temperatura (15.000.000° C) e a pressão (340 bilhões de vezes a pressão atmosférica da Terra ao nível do mar) são tão intensas que ocorrem reações nucleares. Estas reações transformam quatro prótons ou núcleos de átomos de hidrogênio em uma partícula alfa, que é o núcleo de um átomo de hélio. A partícula alfa é aproximadamente 0,7 porcento menos massiva do que quatro prótons. A diferença em massa é expelida como energia e carregada até a superfície do Sol, através de um processo conhecido como convecção, e é liberada em forma de luz e calor. A energia gerada no interior do Sol leva um milhão de anos para chegar à superfície. A cada segundo 700 milhões de toneladas de hidrogênio são convertidos em cinza de hélio. Durante este processo 5 milhões de toneladas de energia pura são liberados; portanto, com o passar do tempo, o Sol está se tornando mais leve.

A cromosfera está acima da fotosfera. A energia solar passa através desta região em seu caminho desde o centro do Sol. Manchas (faculae) a explosões (flares) se levantam da cromosfera. Faculae são nuvens brilhantes de hidrogênio que aparecem em regiões onde manchas solares logo se formarão. Flares são filamentos brilhantes de gás quente emergindo das regiões das manchas. Manchas solares são depressões escuras na fotosfera com uma temperatura típica de 4.000°C.

A coroa é a parte mais externa da atmosfera do Sol. É nesta região que as prominências aparecem. Prominências são imensas nuvens de gás aquecido e brilhante que explodem da alta cromosfera. A região exterior da coroa se extende ao espaço e inclui partículas viajando lentamente para longe do Sol. A coroa pode ser vista durante eclipses solares totais. (Ver a Imagem do Eclipse Solar).

O Sol aparentemente está ativo há 4,6 bilhões de anos e tem combustível suficiente para continuar por aproximadamente mais cinco bilhões de anos. No fim de sua vida, o Sol comecará a fundir o hélio em elementos mais pesados e se expandirá, finalmente crescendo tão grande que engolirá a Terra. Após um bilhão de anos como uma gigante vermelha, ele rapidamente colapsará em uma anã branca -- o produto final de uma estrela como a nossa. Pode levar um trilhão de anos para ele se esfriar completamente.

Estatísticas do Sol
Clique na imagem para ampliar

* O período de rotação do Sol à superfície varia de aproximadamente 25 dias no equador a 36 dias nos polos. Na profundidade, abaixo da zona de convecção, parece ter uma rotação com um período de 27 dias.

Fonte..:: Instituto de Física - UFRGS

(mineralogia, papo de biologia)

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Personalidades: José Bonifácio de Andrada e Silva (Patriarca da Independência)

Por..:: Felipe Pupo / Mauri Alexandrino

Em Santos, mais que qualquer outro lugar do país, a Independência do Brasil tem pai com nome e sobrenome, e não é o do imperador D. Pedro I, que proclamou a separação de Portugal às plácidas margens do Ipiranga, como se sabe e canta. José Bonifácio de Andrada e Silva, por aqui, é "o cara".

Timoneiro da Independência, Patriarca, Pai da Pátria, Inspirador da Libertação, Negociador, agitador de bastidores, são apenas alguns dos epítetos que acompanham até hoje seu nome. E isso sem considerar ainda uma cultura do tipo renascentista, na qual cabia de tudo, da mineralogia à física, passando pela química, literatura, poesia, e era ainda linguista, poliglota... Claro que ajuda muito o fato de ter nascido bem ali na Rua Direita, que hoje, depois da República, chamamos de rua XV de Novembro. O mesmo prédio onde está hoje a Câmara Municipal, instituição republicana. Bonifácio sonhava com uma monarquia constitucional duradoura.

O Patriarca da Independência é considerado o filho mais ilustre da cidade. Nascido no dia 13 de junho de 1763, era herdeiro da segunda família mais rica da Vila. Teve dois irmãos quase tão ilustres quanto ele, Antônio Carlos e Martim Francisco.

Saíram todos de Santos na adolescência, cada qual a seu turno, para tornarem-se os homens mais poderosos do país no Primeiro Reinado. Retornaram à cidade, para ficar, somente depois de mortos. Faziam questão de serem enterrados aqui. Entre uma coisa e outra, participaram de todos os mais importantes fatos políticos e administrativos daquele período.

O mausoléu dos Andradas, que chamamos Panteão dos Andradas, é dos monumentos mais conhecidos de Santos, sempre aberto à visitação, e guarda seus restos mortais. Três esfinges de bronze deitadas sobre o mármore negro para sempre. Quem ainda não foi até lá, deve ir.

Até hoje os historiadores quebram a cabeça para entender quais razões levaram o herdeiro da família Andrada a se tornar um dos políticos mais importantes da história brasileira. Ajudou, é verdade, algumas habilidades militares, que poucos conhecem: em 1808, quando a França invadiu Portugal, Bonifácio lutou com bravura e angariou a fama de bom português, mesmo não sendo um, fiel ao país, à Coroa e ao Príncipe. Isso foi lembrado e levado em conta quando foi nomeado, em 1821, vice-presidente da província de São Paulo, quando iniciou sua carreira política.

"Foi um homem brilhante, em todos os setores onde atuou. É por isso que todas as homenagens são justas para valorizar esse ícone da historia brasileira", afirma a historiadora Wilma Therezinha, que contribuiu com o levantamento das informações que se seguem.

Vizinhança
José Bonifácio inspirava-se, como relata em seus escritos, num de seus vizinhos, igualmente ilustre, nascido na mesma rua, mas muito tempo antes do seu próprio. Era Alexandre de Gusmão, diplomata e irmão do padre voador Bartolomeu de Gusmão. Não inventou balões de ar quente como o irmão, mas deu ao Brasil a forma que conhecemos hoje, em duras negociações com a Espanha, nas quais não faltaram golpes e truques de todo tipo.

Grito de Independência

O famoso grito da independência, pronunciado por D. Pedro I, foi um fato fortuito e sequer é claro que ocorreu mesmo da forma garbosa como nos mostra a tela oficial do evento, do pintor Pedro Américo. Mas as margens que acabaram ouvindo o tal grito, como diz o Hino Nacional, deveriam ser outras. As do mangue de preferência. José Bonifácio era um perfeccionista. Fez tudo a propósito para que sua carta agitadora, que desanimaria D. Pedro de qualquer possibilidade de entendimento com a Corte Portuguesa, chegasse ao Imperador exatamente em sua cidade, onde, sabia ele, o sangue lhe subiria como costumava acontecer nessas ocasiões, e acabaria se dando aqui, então, a independência do país.

Mas mesmo os mais craques diplomatas esbarram em comezinhos detalhes não previstos. Por exemplo, o fato de o príncipe se empanturrar do que não devia em Santos e ter uma terrível indisposição intestinal, termo mais adequado a quem tem sangue azul que a frase equivalente que se diria sobre o resto dos mortais. E foi tão grave o problema, que D. Pedro saiu de Santos às pressas e foi parando pelo caminho todo até São Paulo, onde a carta, finalmente, o alcançou. Diz a lenda que o original da famosa carta teve um destino inglório. O resto da história todo mundo já sabe...

Maçonaria
O Patrono da Independência era membro da Maçonaria, que tinha em Santos um de seus baluartes no país nesta época. Os franco-maçons dedicavam-se em todo o mundo às lutas independentistas, sob a inspiração da Revolução Francesa de 1789. A Maçonaria influenciou o pensamento político de José Bonifácio e que se tornou o Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, o cargo mais elevado da organização, um mês antes da Independência. Isso, se por um lado aumentava sua importância, atraía contra si a fúria da Igreja Católica, em luta aberta contra a Maçonaria, o que por fim pesaria decisivamente na desavença tremenda com o imperador. D. Pedro I tentava conciliar os contrários, mas a intriga era muita.

Marquesa de Santos
Durante muitos anos, José Bonifácio foi o braço direito de D. Pedro I. Mas a relação entre o imperador e o patriarca foi construída entre tapas e beijos. Nessa época, a senhora Domitila de Castro Canto e Melo, a amante mais famosa das muitas de que desfrutava o imperador, era inimiga da família Andrada. Para humilhar o antigo aliado, D. Pedro concede a Domitila o título de Viscondessa e, depois, Marquesa de Santos. Isso gerou um problema enorme. Afinal, a Vila de Santos era a terra natal de Bonifácio. O imperador não era apenas um galanteador reconhecido, mas também sabia direitinho alfinetar os desafetos. José Bonifácio considerou o episódio a maior ofensa de sua vida.

Dureza
Atualmente, o local tem uma estátua de Nossa Senhora de Fátima, no Porto de Santos, e quase ninguém mais lembra que o lugar se chama Outeirinhos. Foi para lá que Bonifácio se mudou, recém-casado, logo que chegou ao Brasil depois de estudar em Portugal. Vivia na maior dureza, sem trabalho que lhe fizesse justiça ao conhecimento e formação. Esse período foi marcado por muitas dificuldades na vida do patriarca. Ele chegou a pedir socorro financeiro aos irmãos.

Filhas
Se José Bonifácio vivesse nos dias de hoje, ele poderia se juntar ao time de estadistas e políticos pouco afeitos aos rigores da monogamia. O patriarca teve duas filhas fora do casamento. Uma delas morou na França e recebia dinheiro enviado pelo pai. A outra nasceu em Portugal e foi adotada legalmente por ele. Para estranheza geral, batizou a filha bastarda com o mesmo de sua esposa, a irlandesa Narcisa Emilia O' Leary. De seu casamento teve duas filhas.

Filho do Homem
Após um longo período de desavenças, o imperador D. Pedro I se reconciliou com a família Andrada. Continuava não gostando de atitudes e pensamentos de Jose Bonifácio, mas reconhecia nele um homem íntegro e de confiança. Tanto que, com a crise do Primeiro Reinado, o imperador, ao abdicar da Coroa, tornou-o tutor de seu filho, futuro D. Pedro II, em 1831. Sob sua criação e empenho, esse monarca tornou-se o oposto de seu pai. Tornou-se homem culto, caseiro, tradicional, correspondente dos maiores estadistas e cientistas de seu tempo, entre eles, Pasteur e Gobineau, e foi considerado o mais ilustrado dos mandatários de seu tempo.

Escapamos
Em 1839, os paulistanos decidiram homenagear o Patriarca da Independência, que morrera no ano anterior. Foi então que surgiu a idéia de elevar a vila, onde Bonifácio nasceu e foi enterrado, à condição de cidade. Até aí, tudo certo. Só que pairou uma dúvida no ar: como deveria se chamar a nova cidade? A primeira proposta foi transferir o nome da vila para o município. Porém, surgiram mais dois nomes na disputa: Andradina e Bonifácia. Existe uma Andradina, como se sabe, perto de Mirandópolis e Castilho, e até uma cidade chamada José Bonifácio, que fica perto de São José do Rio Preto. Para nós, felizmente, prevaleceu a proposta de Cidade de Santos. Ufa, que sorte!


(fatos_históricos)

José Bonifácio de Andrade e Silva Patriarca da Independência
Jornal: Brasil-Portugal, 16 de setembro de 1902, nº88.


Para Roteiros de Turismo Históricos e Culturais em Santos e Baixada Santista


sábado, 25 de setembro de 2010

Geoturismo: uma abordagem histórico-conceitual




Por Jasmine Cardozo Moreira

A revista Turismo e Paisagens Cársticas (ISSN 1983-473X) editada pela Seção de Espeleoturismo da Sociedade Brasileira de Espeleologia (SeTur/SBE) acaba de lançar mais um número (vol.3, n.1). Para acessar o sumário da revista, fazer seu download na íntegra ou por artigos, bem como conhecer as edições anteriores e as normas para produção e submissão de originais, acesse o seguinte endereço: http://www.sbe.com.br/tpc_v3_n1.asp






Nesta edição, foram publicados os seguintes artigos e resumos.:

ARTIGOS ORIGINAIS

Geoturismo: uma abordagem histórico-conceitual
Jasmine Cardozo Moreira

Espacializando a importância da caverna de Postojna (Postojnska Jama) para o turismo ao longo da história Eslovena
Luiz Eduardo Panisset Travassos & Wagner Barbosa Batella

O turismo como ferramenta para a proteção do patrimônio cultural arqueológico: um estudo na APA Carste de Lagoa Santa – MG
Débora Goulart Becheleni & Mirna de Lima Medeiros

Planejamento ambiental integrado e participativo na determinação da capacidade de carga turística provisória em cavernas
Heros Augusto Santos Lobo, Maurício de Alcântara Marinho, Eleonora Trajano, José Antonio Basso Scaleante, Bárbara Nazaré Rocha, Oscarlina Aparecida Furquim Scaleante & Francisco Villela Laterza

RESUMOS DE TESES E DISSERTAÇÕES

Avaliação do impacto de atividades turísticas em cavernas
José Antonio Basso Scaleante

Geoconservação e desenvolvimento sustentável na Chapada Diamantina (Bahia - Brasil)
Ricardo Galeno Fraga de Araújo Pereira

Heros Lobo - Editor Chefe
turismo@sbe.com.br
Sociedade Brasileira de Espeleologia
Desde 1969, trabalhando pelo desenvolvimento da espeleologia brasileira
http://www.sbe.com.br/ - (+55 19) 3296-5421 - Caixa Postal 7031, 13076-970, Campinas-SP, Brasil

Fonte imagem e texto..:: Portal do Meio Ambiente

(papo de biologia, ecoturismo, mineralogia)

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Aula Téorica de Uso Público em UC - Manejo de Trilhas

Por..:: Renato Marchesini

1. Uso Público em UC - MANEJO DE TRILHAS

A principal função das trilhas sempre foi suprir a necessidade de deslocamento. No entanto, as trilhas surgem como novo meio de contato com a natureza. O ato de caminhar e observar ou contemplar  as paisagens que o caminho proporciona, adquire na pós-modernidade um significado que vai além do ato de caminhar, mas chegar em algum lugar diferente de quando começou o caminho.

A maior parte das trilhas hoje utilizadas em ecoturismo são caminhos tradicionalmente usados por determinadas comunidades para se locomoverem. Desde a  ocupação portuguesa, ainda no Brasil colônia os portugueses utilizavam os caminhos abertos pelos indígenas para alcançarem o interior do país; assim também os bandeirantes em busca do ouro ou os tropeiros que cruzaram o sul do país.

Nos casos de unidades de conservação como parques, geralmente há potencial e necessidade de mais de uma trilha. Mesmo que já haja várias trilhas em uso, a adequação e melhoria de trilhas existentes, e especialmente a abertura de novas trilhas, devem ser precedidas de um planejamento conjunto de toda a área, como um sistema de trilhas. Assim, é possível propiciar um acesso a uma diversidade de públicos-alvos e a maior variedade de ambientes e atrativos da área, com possibilidade de realizar atividades diferentes sem que haja sobrecarga do ambiente ou conflitos entre visitantes devido aos objetivos de uso diversos.

Toda a trilha deve ser planejada em termos de finalidade, construção, segurança, conservação  e manutenção, requerem estudo técnico do local e da destinação do seu uso. Não podemos ignorar que as áreas naturais estão regidas por Leis e Condutas Conscientes que orientam o uso e/ou manejo dessas áreas e que deste  produto final interessa ao ecoturista, não só o atrativo propriamente dito, mas principalmente o prazer da caminhada,  a segurança, a qualidade e a informação no sentido de uma educação ambiental informal ou mesmo uma prática didática na natureza. 

Manejo deriva da palavra de língua inglesa “management”, manejo quer dizer gerenciar ou administrar. Assim, manejar uma área é administrar seus recursos.

6.1. Quanto a Função:
As trilhas são utilizadas de diferentes maneiras, uma delas em serviços administrativos – normalmente realizados por guardas ou vigias, em atividades prioritárias de fiscalização e patrulhamento (a pé ou a cavalo) ou pelo público visitante em atividades educativas e/ou recreativas.

As trilhas podem ser subclassificadas quanto aos recursos de interpretação ambiental de duas maneiras: guiadas ou autoguiadas (Rocha et al., 2006):

a) Trilha guiada: é aquela realizada com acompanhamento de um guia/condutor, tecnicamente capacitado para estabelecer um bom canal de comunicação entre o ambiente e o visitante, oferecendo segurança a todos na caminhada.

No entanto, a trilha guiada, necessita da presença de recurso humano treinado, no caso, um condutor de trilha ou um guia de turismo ecológico, ou melhor ainda que este guia seja um interprete da natureza, pois além de  proporcionar ao visitante , informações básicas sobre o local ,  paradas técnicas  estratégicas com objetivo de  descanso, registro fotográfico e observação da paisagem ele irá contribuir para um melhor experiência deste visitante.

b) Trilha autoguiada: permite o contato do visitante e o meio ambiente sem a presença de um condutor de visitante. Recursos visuais, gráficos e outros orientam a caminhada, com informações de direção, distância, grau de dificuldade, elementos a serem destacados (árvores nativas, plantas medicinais, ocorrência de comunidades de animais, etc.) e os temas desenvolvidos (mata ciliar, recursos hídricos, raridade geológica, indicações arqueológicas, etc.). IMPORTANTE: Necessidade de se planejar, implantar e monitorar primeiramente o sistema de trilha guiada.

1.1. O Planejamento:
O planejamento de uma trilha deve levar em consideração diversos fatores.

a) Aspectos Ambientais
Dentre os ambientais destaca-se, basicamente, solo, flora, fauna e os recursos hídricos.

a) Aspectos Sociais
Os sociais estão ligados ao visitante e a comunidade local.

b) Aspectos Históricos e Atrativos
Ruínas, pinturas rupestres, histórias, paisagem (É a composição de todos os elementos de um local e determinará a atratividade numa trilha. Sendo assim, é importante, que na implantação que se busque o máximo possível de diversidade de paisagens, pois a repetição pode tornar o percurso monótono).

1.2 Quanto a Forma:
  • Circular
  • Oito
  • Linear
  • Atalho.

1.3. Levantamento e Mapeamento:
  • Metragem
  • Direção (traçado)
  • Declividade.

1.4. Obras / Intervenções:
  • Clareamento
  • Regularização/Pavimentação
  • Degraus e Escadas
  • Ordenamento da Drenagem
  • Ultrapassagem de Corpos d’Água
  • Contenção de Encostas
  • Outros: Agarra artificial, Corrimão, Guarda-corpo, Mirante, Passarela.

1.5. Sinalização:
Os tipos de sinalizações consideradas são:
  • Painéis e Placas
  • Totem
  • Fitas
a) Alguns dos objetivos da sinalização:
_ Indicação de acessos;
_ Indicação de limites;
_ Orientação da circulação interna de veículos e pedestres;
_ Indicação de serviços, equipamentos e infra-estruturas;
_ Delimitação de espaços para usos específicos;
_ Orientação de segurança do visitante;
_ Informação de normas e regulamentos;
_ Informação de horário de funcionamento;
_ Informação de tarifas e
_ Interpretação ambiental.

b) Orientações gerais para sinalização:
 _ Planejamento (necessidades, público-alvo)
_ Padronização (material, tamanho, cor, fonte, linguagem);
_ Utilização de linguagem simples e direta;
_ Dimensionamento adequado (pedestre, proximidade, velocidade);
_ Localização estratégica;
_ Não-utilização excessiva de placas (poluição visual);
_ Não-utilização de mensagens longas;
_ Não-utilização de cores fortes;
_ Utilização de painéis interpretativos;
_ Utilização de símbolos e imagens;
_ Complementação de informações com materiais impressos (guias, folhetos, mapas).

Assunto polêmico:
_ Não-utilização ou camuflagem de materiais artificiais (cimento, ferro, plástico);
_ Utilização de materiais naturais locais e duráveis (madeira, pedra);

1.6. Ferramentas e Acessórios:
As ferramentas usadas deverão variar de acordo com o tipo de trabalho necessário. Deve-se sempre ter a ferramenta adequada para cada tipo de tarefa.

Os instrumentos utilizados tanto na implantação quanto na manutenção de trilhas não variam muito; em ambos os casos deve-se sempre levar um kit de primeiros socorros.

1.7. Organização da Equipe de Trabalho:
O mais importante nas atividades de planejamento e implantação de trilhas é o bem estar e segurança do pessoal envolvido.

Deve-se estabelecer um plano e uma dinâmica de trabalho, onde as funções de cada um devem ser bem especificadas, incluindo a definição de responsável pela equipe.  O registro das atividades e relatórios sistemáticos são de grande valia para eventual acompanhamento e avaliação.

Equipamentos de segurança, incluindo vestimentas e certos produtos como repelentes, protetor solar e labial, entre outros devem ser alocados e sempre disponibilizados.

Treinamentos complementares como: manuseio, conservação e transporte de ferramentas e equipamentos; primeiros socorros; busca e resgate, etc. devem ser sistematicamente conduzidos para todos os membros da equipe.

1.8. Capacidade de Carga:
A Capacidade de Carga é um conceito que se utiliza para determinar o nível de atividade humana que um local pode receber sem que haja efeitos adversos à comunidade residente ou na qualidade da experiência dos visitantes. “Em outras palavras”, dizem os autores, “capacidade de carga é a característica e quantidade de pessoas que um local pode suportar, por um determinado período de tempo, sem causar danos ao ambiente, ou na satisfação do usuário.”.

1.9. Monitoramento do Impacto de Visitação
A implantação e utilização de trilhas devem-se ao uso legítimo dessas áreas para fins de lazer e recreação. Sendo assim, monitoramento de impactos é a ferramenta que os gestores têm para analisar e avaliar o nível dos impactos decorrentes da visitação e assim tomar decisões de manejos preventivas e corretivas.

CONCLUSÃO:
Quando bem elaboradas, conseguem promover o contato mais estreito entre o homem e a natureza, possibilitando conhecimento das espécies, animais e vegetais, da história local, da geologia, da pedologia, dos processos biológicos, das relações ecológicas, ao meio ambiente e sua proteção, constituindo instrumento pedagógico muito importante.

Fonte..:: Apostila Manejo Sustentável e Conservação Ambiental versão1
Docente: Renato Marchesini

(ecoturismo, papo de biologia, mineralogia)


quarta-feira, 30 de maio de 2012

Somos Vencedores do Prêmio Top Blog

Somos Vencedores do Prêmio Top Blog
Somos Vencedores do PRÊMIO TOP BLOG (2013/2014). Categoria: VIAGENS E TURISMO.