Turismo Consciente na
Costa da Mata Atlântica
(Baixada Santista)
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quarta-feira, 2 de março de 2011

Workshop “Acessibilidade e Inclusão Aplicadas ao Lazer e Turismo"

A DUCA – Desenho Universal Consultoria em Acessibilidade, empresa especializada em acessibilidade arquitetônica e a Turismo Adaptado empresa especializada em turismo acessível, nos próximos dias 15 e 16 de abril, realiza o Workshop “Acessibilidade e inclusão aplicadas ao lazer e turismo”. O evento marcará oficialmente o início da parceria das empresas, que nasceu com o objetivo e a missão de atender o mercado no atendimento, criação e segurança, sempre com um olhar sensível à diversidade humana.

Apesar do Workshop utilizar o lazer e turismo como um cenário, os ensinamentos passados podem ser aplicados em qualquer área de nossa sociedade. É um workshop diferenciado, porque além de tratar da parte física e arquitetônica, também mostra o lado do atendimento e hospitalidade, aos diferentes tipos de deficiência, numa abordagem completa e de qualidade. Será fornecido uma apostila para um melhor acompanhamento da aula, além de um livro digital com inúmeros materiais para servirem de apoio para um aprofundamento muito maior nos assuntos abordados.

O Workshop irá acontecer na mesma época da Reatech – Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade, a maior feira internacional do segmento na América do Sul. Assim os alunos poderão conhecer as novidades do mercado, tendências além de estar em contato direto com pessoas com deficiência de diversas partes do Brasil. Então este curso vem surgir com uma proposta inédita no Brasil, feito por profissionais gabaritados, com uma abordagem da melhor qualidade. Será uma oportunidade única de realizar troca de contatos e experiências com pessoas e profissionais das mais diversas áreas.

A DUCA desenvolve seu trabalho pautado na ampla experiência de seus idealizadores, que possuem profundo conhecimento sobre as normas técnicas e a legislação vigente. Presta consultoria especializada na área de acessibilidade arquitetônica, aplicando de maneira diferenciada o conceito de desenho universal. Dentre seus produtos destacam-se as vistorias técnicas – que resultam em relatórios detalhados, a consultoria – com a análise de projetos existentes, elaboração de projetos executivos de acessibilidade, o acompanhamento da obra, providências para emissão de Certificado de Acessibilidade da edificação, workshops, palestras, entre outros.

A TURISMO ADAPTADO comandada por Ricardo Shimosakai, que depois de ter levado um tiro em 2001 num sequestro relâmpago queria retornar à suas viagens que sempre lhe trouxeram muito momentos de prazer. A partir daí começou sua luta, e a vontade de espalhar esse prazer a todos. Bacharel em Turismo pela Universidade Anhembi Morumbi/ Laureate International Universities e atua desde 2004 no segmento de Turismo Acessível. Diretor da Turismo Adaptado, membro da Brazilian Adventure Society, SATH (Society for Accessible Travel and Hospitality) e ENAT (European Network for Accessible Tourism). A Turismo Adaptado é uma das únicas empresas brasileiras especializada em turismo acessível, adequando as diversas faces que compõem a infra-estrutura do mercado turístico e elaborando pacotes turísticos acessíveis para diversos destinos brasileiros, além de também trabalhar o turismo internacional.

Dia 15 de abril (sexta-feira) - Acessibilidade e Adequações
Quem são as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida? Definições e Classificações;
Tecnologia Assistiva;
Princípios básicos de acessibilidade;
Implementação da acessibilidade arquitetônica em locais de hospedagem;
A importância e criação da rota estratégica;
Exercícios práticos;
Sensibilização;
Elaboração de trabalho final do curso

Dia 16 de abril (sábado) - Inclusão e Hospitalidade
Compreendendo o conceito de inclusão
Hospitalidade inclusiva – atendimento à pessoa com deficiência
Elaborando um plano turístico acessível
Acessibilidade em espaços protegido naturais e históricos
Comunicação acessível na prestação de serviços
Estudo de casos de sucesso no Brasil e exterior
Exercícios e dinâmicas para sedimentação do conhecimento
Local do Curso: Top Tower Offices - Rua Vergueiro, 1.421 - 12° andar – Bairro Paraíso – São Paulo/SP (à 50m da estação Paraiso do Metrô)

Data: 15 e 16 de abril de 2011-02-24
Horário: 9h00 às 18h00
Investimento
Estudantes: R$380,00
Profissionais: R$450,00
Obs.: Pagamento efetuado até dia 15/03 tem R$30,00 de desconto para estudante ou profissional

Itens inclusos: Coffe-break e material didático

Inscrição e informações: curso@ducaacessibilidade.com.br ou tel.: (11)2225-1421

Fonte..:: Ecoviagem

(evento_programação, turismo adaptado)

terça-feira, 6 de julho de 2010

Novo portal de informações da Turismo Adaptado, mais completo e atualizado

Por..:: Ricardo Shimosakai

A informação sobre tudo o que acontece sobre acessibilidade e inclusão no lazer e turismo.

A partir do dia 9 de junho, a Turismo Adaptado inaugurou um novo portal de notícias, com informações atualizadas relacionadas ao turismo acessível, ou também notícias desmembradas somente em relação à pessoa com deficiência ou turismo. Para acessar o portal, clique no link a seguir ou copie e cole para o local de endereço de seu navegador www.turismoadaptado.wordpress.com/

Procurando abordar temas de grande interesse, com matérias nacionais e internacionais, e também textos escritos por Ricardo Shimosakai, Diretor da Turismo Adaptado, exclusivos para o portal. A idéia é servir como uma referência de informações no lazer e turismo para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, então também serão divulgados eventos, dicas de lazer e viagens, conceitos e todo o tipo de informação desse segmento. Será um canal aberto, aceitando sugestões de colaboradores para enriquecer seu conteúdo.

As postagens serão publicadas com regularidade, e quem quiser receber essas atualizações automaticamente, poderá cadastrar seu email para recebê-las. Além de textos, seu conteúdo terá diversos outros recursos como fotos, vídeos, áudios, apresentações e até baixar documentos. Também estaremos em constante atualização para melhorar a aparência, funcionalidade e conteúdo. Como a proposta é potencializar a informação, então todos podem participar de alguma forma, seja enviando sugestões ou também matérias para serem publicadas, que será analisada pela nossa equipe.

Fonte..:: Ecoviagem

(turismo adaptado)

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Turismo Adaptado: Ônibus de Turismo Adaptado - Ônibus de Turismo com elevador para Cadeirante

Finalmente alguém percebeu essa lacuna do mercado: um ônibus de turismo realmente adaptado para cadeirantes, com elevador e espaço para cadeira de rodas no interior. 

A Sunflower, uma empresa de turismo de São Paulo que atende à AACD, foi pioneira na área e procurou uma empresa que adaptasse um ônibus de turismo. A empresa que topou fazer a adaptação da carroceria foi a Irizar, a única que se dispôs a fazer esta.

Neste ônibus, eles podem acomodar até duas pessoas em suas respectivas cadeiras de rodas e mais 44 passageiros. Normalmente os passageiros que não têm dificuldade de transbordo, preferem viajar nas poltronas, reservando assim o espaço para quem realmente não pode sair de sua cadeira.

..:: Assista os Vídeos ::..






(turismo adaptado)





segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Turismo Adaptado: A Acessibilidade no Manejo de Trilhas é Tema no Congresso Nacional de Planejamento de Trilhas



Ecoturismo e inclusão social serão debatidos na Universidade Estadual do Rio de Janeiro, UERJ, no II Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas.

No dia 16 de outubro o bacharel em turismo Renato Marchesini, profissional que vêm atuando em projetos de manejo em trilhas no litoral de São Paulo, apresentará o artigo intitulado Turismo Adaptado: A Acessibilidade no Manejo de Trilhas.

No trabalho citam que a inclusão é um fator que a sociedade moderna tende a colocar como um avanço, mas que nada mais é do que o resgate de um direito de todo ser humano.

A atividade de lazer em ambiente natural pode contribuir em aspectos sociais, culturais e na educação ambiental, além da possibilidade de, dependendo do perfil da deficiência, gerar e estimular a reabilitação e o despertar das potencialidades da pessoa, possibilitando o desenvolvimento de experiências e incentivos e aumentando a qualidade de vida da pessoa portadora de deficiência em função do conhecimento do potencial que ela adquire graças ao aumento da autoconfiança e autoestima.

Neste sentido o projeto busca demonstrar como através da remoção de obstáculos e adequações de trilhas para o aumento da acessibilidade, segurança e mobilidade, podem contribuir positivamente para educação ambiental e a melhora da qualidade de vida de pessoas portadoras de deficiência e/ou mobilidade reduzida.

Nessa perspectiva, a busca de novas soluções legais e técnicas que garantam uma política inclusiva de acesso às áreas de interesse natural, se constituem em especial desafio que não raro exige a “flexibilização” de conceitos e posturas quando da interpretação dos espaços que necessariamente devem prever a possibilidade de adaptação e remodelação, de acordo com as necessidades que possam aparecer ao longo da vida das pessoas.

Os autores esperam, com este projeto, fomentar o direito de “ir e vir” das pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida em áreas naturais, sendo elas públicas ou privadas. Aqueles que tiverem interesse em adequar suas áreas para ecoturismo, é possível entrar em contato com os mesmos e solicitar a consultoria e implantação de projeto.

..:: Serviço ::..
2º Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas
Data: 16 a 18 outubro 2013
Local: Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ

..:: Artigo Científico ::..
Turismo Adaptado: A Acessibilidade no Manejo de Trilhas
Autor: Renato Marchesini
Data Apresentação: 16 de Outubro de 2013
Horário: 17h35
Contatos: (13) 98113.4819

(evento_programação, ecoturismo, turismo adaptado)

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Turismo Adaptado: Motor Home Adaptado para Cadeirantes

Casa sobre rodas seria um ótimo termo para definir um motor home. Nada mais são do que trailers montados sobre o chassi de um ônibus ou caminhão.

Uma motorhome adaptado para pessoas com deficiência, possui uma plataforma e espaço interno para circulação de cadeira de rodas. São veículos engenhosos, que se adaptam conforme a conveniência de quem os usa. Em um momento viram sala de jantar, com cozinha e banheiro; no outro, a sala desaparece e surgem camas. É claro que dependendo do modelo e do preço, as facilidades vão aumentando. Pode-se ter televisões, vídeos, microondas, lava-louça, lava-roupa, secadora, ar condicionado, som entre outros acessórios.

Viajar com uma motorhome é uma experiência diferente, e nos países em que tem mais tradição com esse tipo de veículo ele pode ser alugado. Para achar uma motorhome acessível é um pouco mais difícil, mas é uma questão de se realizar uma boa pesquisa e com antecedência. Comprar uma motorhome não é simples.

O novo Código de Trânsito, de 1998, alterou a categoria exigida para quem conduz trailers e motorhomes. Hoje, dirigir um trailer exige habilitação na categoria E, a mesma dos motoristas das enormes carretas. Conduzir um motor home, por sua vez, exige carteira de habilitação na categoria D, a mesma dos motoristas profissionais.

Como resultado, várias fábricas não suportaram a queda nas vendas e fecharam. Perdeu-se uma tradição de décadas e o campismo nacional definhou. O Brasil exportava trailers para toda América Latina, basta ver a quantidade de trailers mais antigos que são das extintas fábricas brasileiras, nos campings destes países. O Brasil é o único pais do mundo que exige a categoria de CNH máxima para rebocar um leve e pequeno trailer.





MOTOR HOME - JÁ PENSOU EM TER UM? Saiba mais..:: Aqui no Blog Caiçara


(turismo, transportes, turismo adaptado)

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Turismo adaptado é tema de livro

Lançamento acontecerá entre os dias 15 e 18 de abril no Centro de Exposições Imigrantes
Dadá Moreira, um dos responsáveis pelo atual foco da Adventure Sports Fair na questão da acessibilidade, lançará o livro Turismo de Aventura Especial: História do Turismo de Aventura Adaptado na feira Reatech (Feira Internacional de Tecnologias de Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade), que acontecerá entre os dias 15 e 18 de abril no Centro de Exposições Imigrantes.

Na obra, Dadá conta como a superação de limites em contato com a natureza tornou-se o principal meio de reintegração social e reabilitação na luta contra sua deficiência e como “Aventura Especial”, mais que o nome da ONG, passou a denominar um novo segmento turístico, hoje tido pelas políticas do Ministério do Turismo como prioritário para o desenvolvimento e promoção nacional e internacional. Na segunda parte, traz um guia ensinando como atender e adaptar as atividades de aventura.

Desde sua primeira edição a Adventure Sports Fair se preocupa com a inclusão de pessoas com deficiência nos esportes de aventura. Em 2005 conheceu o trabalho da ONG Aventura Especial e, desde então, apóia seu projeto de acessibilidade.

No último ano, a feira realizou diversas ações para facilitar a visitação de deficientes, tais como entrada preferencial, bilheterias com balcões mais baixos para cadeirantes, mesas apropriadas na praça de alimentação, banheiros adaptados, vagas reservadas no estacionamento, telefones acessíveis, serviço de táxi adaptado e intérpretes de libras em horários determinados. Além disso, piso tátil alerta/direcional foi utilizado para indicar a presença de mapas táteis.

O evento contou, também, com sinalizações em braile, mostra de equipamentos apropriados, como telefones para surdos (TPS) e despertadores, e áreas às ONGs relacionadas ao tema. Por fim, houve a adaptação de algumas atividades, criando a tirolesa acessível, o caminho de trilha para cadeirantes, os passeios de charrete e bike adaptados e o sorteio de curso de navegação para treking.

Mais informações sobre a ONG no site http://www.aventuraespecial.org.br/
Fonte..:: Adventure Fair
(turismo adaptado)

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Artigo Completo Publicado = Turismo Adaptado: A Acessibilidade no Manejo de Trilhas em 2º Congresso Nacional de Planejamento de Trilhas

Mais um Artigo Científico Publicado! Este no 2º Congresso Brasileiro de Planejamento e Manejo de Trilhas - Rio de Janeiro/SP - 2013.

Para Projetos de Planejamento e Manejo de trilhas entre em contato.

Segue Artigo Publicado: Turismo Adaptado: A Acessibilidade no Manejo de Trilhas.




















Para baixar arquivo AQUI

(turismo, ecoturismo, fatos_históricos, turismo adaptado)

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terça-feira, 8 de outubro de 2013

Ecoturismo para todos: o manejo de trilhas adaptadas é tema de trabalho na Universidade Estadual do Rio de Janeiro



Ecoturismo e inclusão social serão debatidos na Universidade Estadual do Rio de Janeiro, UERJ, no II Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas.

No dia 16 de outubro o bacharel em turismo Renato Marchesini, o profissional vêm atuando em projetos de manejo em trilhas no litoral de São Paulo, apresentará o artigo intitulado Turismo Adaptado: A Acessibilidade no Manejo de Trilhas.

No trabalho citam que a inclusão é um fator que a sociedade moderna tende a colocar como um avanço, mas que nada mais é do que o resgate de um direito de todo ser humano.

A atividade de lazer em ambiente natural pode contribuir em aspectos sociais, culturais e na educação ambiental, além da possibilidade de, dependendo do perfil da deficiência, gerar e estimular a reabilitação e o despertar das potencialidades da pessoa, possibilitando o desenvolvimento de experiências e incentivos e aumentando a qualidade de vida da pessoa portadora de deficiência em função do conhecimento do potencial que ela adquire graças ao aumento da autoconfiança e autoestima.

Neste sentido o projeto busca demonstrar como através da remoção de obstáculos e adequações de trilhas para o aumento da acessibilidade, segurança e mobilidade, podem contribuir positivamente para educação ambiental e a melhora da qualidade de vida de pessoas portadoras de deficiência e/ou mobilidade reduzida.

Nessa perspectiva, a busca de novas soluções legais e técnicas que garantam uma política inclusiva de acesso às áreas de interesse natural, se constituem em especial desafio que não raro exige a “flexibilização” de conceitos e posturas quando da interpretação dos espaços que necessariamente devem prever a possibilidade de adaptação e remodelação, de acordo com as necessidades que possam aparecer ao longo da vida das pessoas.

Os autores esperam, com este projeto, fomentar o direito de “ir e vir” das pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida em áreas naturais, sendo elas públicas ou privadas. Aqueles que tiverem interesse em adequar suas áreas para ecoturismo, é possível entrar em contato com os mesmos e solicitar a consultoria e implantação de projeto.

..:: Serviço ::..
2º Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas
Data: 16 a 18 outubro 2013
Local: Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ

..:: Artigo Científico ::..
Turismo Adaptado: A Acessibilidade no Manejo de Trilhas
Autoror: Renato Marchesini
Data Apresentação: 16 de Outubro de 2013
Horário: 17h35
Contatos: (13) 98113.4819

(evento_programação, ecoturismo, turismo adaptado)



segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Surf adaptado: curso de inclusão e responsabilidade social voltado para profissionais de educação e medicina

Com 12 horas, formação itinerante está com inscrições abertas em outubro.

Créditos imagem..:: Robson Careca - fotos Arquivo Pessoal

O atleta adaptado paulistano Robson “Careca” de Souza, 38 anos, fundador e presidente da ONG Surf Especial acaba de criar o Curso de Surf Adaptado, Inclusão e Responsabilidade Social, com carga horária de 12 horas, voltado para educadores e profissionais de medicina. O curso será itinerante e as inscrições acontecem de 6 a 28 de outubro. O agendamento é feito com o próprio atleta através do telefone (11) 9875-9257.

“O curso será itinerante. Para isso, levaremos toda a estrutura para cidade e escolas de surf que nos contratarem. A ideia é realizar as aulas nas praias do litoral norte”, conta o atleta que avisa que só não haverá aula prática se o mar estiver muito forte ou se chover demasiado.

Segundo ele, o objetivo é ajudar todos os interessados nesse seguimento de esportes adaptados para todos a entender o surf como beneficio para a saúde, qualidade de vida, amor ao próximo e companheirismo.

“Educadores físicos, fisioterapeutas e demais profissionais que tem contato com pessoas com deficiência cada vez mais se preocupam com essa causa tão especial, a fim de, se adaptarem para atender esse público que a cada dia aumenta em todo o Brasil. Foi, pensando nisso que desenvolvi este curso que terá 6 horas de teoria e 6 horas de prática”, revela Careca.

Na última semana, o atleta adaptado, com o apoio da Long Island, participou da Adventure Sports Fair, ocorrida no Centro de Exposições Anhembi, em São Paulo.

Presente no estande Surf Especial, um dos mais movimentados, Careca recebeu pessoas de todos os lugares do Brasil interessadas em saber mais sobre as pranchas adaptadas para pessoas com deficiência, inclusive a prancha para cegos lançada na feira.

“O estande mais uma vez foi um sucesso e esperamos continuar assim, divulgando nosso trabalho de inclusão e responsabilidade social”, revelou o surfista adaptado.

Na feira considerada uma das maiores da América Latina no segmento de esportes e turismo de aventura, Robson Careca ministrou ainda a palestra “Surf Adaptado”, no palco Fogo, para todos os presentes no pavilhão.

Para desenvolver suas atividades, Robson Careca conta com o apoio e parceria de empresas, como: Long Island, Brazilian Adventure Socyete, Mormaii, Oakley, Reateam, Hotel Mar, V.T.N. Viagens, AJ Camburi, Clínica Colaneri e Fama Assessoria.

Informações..:: Emanuelle Oliveira (13) 9184-8758 e Marcos André Araújo (13) 9731-7806
 
Fonte..:: Fama Assessoria
 
(turismo adaptado)

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Saiba como Socorro (SP) e outras cidades brasileiras promovem a acessibilidade no turismo

De acordo com o Censo 2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem no Brasil 24,6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência ou incapacidade – cerca de 14,5% da população brasileira.

Pensando na questão da acessibilidade no turismo, uma parceria entre o Ministério do Turismo e entidades como a Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência (Avape) foi firmada para a execução do projeto Sensibilização para o Turismo Acessível, desenvolvido no município de Socorro, em São Paulo.

Um cadeirante passeia de charrete em Socorro, SP

Por conta disto, Socorro é hoje exemplo nacional de turismo acessível, já que a proposta, lançada oficialmente em maio do ano passado e pioneira no País, resultou num roteiro que interliga dez pontos turísticos acessíveis a turistas com deficiências na região central da cidade paulista.

Aventura para todos
Conhecida pelo turismo de aventura, a estância hidromineral de Socorro, localizada na região do Circuito das Águas Paulista, passou a oferecer modalidades esportivas completamente adaptadas – desde práticas mais tradicionais, como caminhada de curta duração, cavalgada, escalada, passeio de charrete e quadriciclo, até mais radicais (como arvorismo, rafting, rapel, bóia-cross, canoagem e pêndulo) e curiosas – acqua-ride, tombonágua e fora de estrada.

No Horto Municipal, cadeirantes praticam tirolesa, enquanto o Jardim Aromático para cegos se traduz num desafio aos sentidos.

As atividades seguem o gosto do aventureiro – podem ser desempenhadas na terra, na água ou no ar – e se dividem naquelas que podem ser praticadas normalmente, com adaptação mínima e monitores; que requerem uso de equipamentos adaptados; e que são restritas a um ou outro tipo de deficiência. Há diversão de sobra, a escolher.

Sem contar que a cidade coleciona pontos turísticos, dos quais os mais conhecidos são o Mirante do Cristo, o Parque dos Sonhos, os Portais Colonial e Lions e o Centro Histórico e Comercial, todos adaptados, inclusive com semáforos sonoros.

Equipes especializadas transportam pessoas com deficiência em trilhas de Socorro
O destino-modelo em Aventura Especial no Brasil recebeu, de 2006 a 2008, por meio do projeto Socorro Acessível, R$ 1,73 milhão em obras de infraestrutura turística, cursos de qualificação profissional para o atendimento a turistas com deficiências físicas e/ou motoras, além de adaptações em passeios, equipamentos e edificações públicas, seguindo a norma brasileira de acessibilidade nº 9050/2004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

A iniciativa implementada em Socorro promove o mapeamento da acessibilidade turística e a qualificação do receptivo turístico local para atender de modo adequado a pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida. E, também, visa propor e divulgar roteiros adaptados em diferentes segmentos turísticos, tais como turismo cultural, ecoturismo e turismo de aventura. Também fizeram parte deste processo a Associação Brasileira de Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta) e o Instituto Casa Brasil de Cultura (ICBC).

As obras realizadas são fruto de propostas compartilhadas pelo governo federal, prefeituras, Estados, iniciativa privada e sociedade civil organizada. “São políticas de Estado que pensam o Brasil do presente e do futuro, por meio da democratização do acesso ao turismo”, definiu o ministro do Turismo, Luiz Barretto.

Segundo Michael Golo, chefe da Divisão de Turismo da Prefeitura Municipal da Estância de Socorro, desde que se iniciou a implantação dos projetos de acessibilidade houve um incremento de 30% no número de turistas em geral. “A iniciativa gerou muita mídia espontânea, fazendo com que aumentasse o fluxo no destino”, afirmou Golo. “Em breve daremos início à segunda fase do projeto, pela qual outros pontos turísticos e logradouros públicos serão adaptados e mais mão-de-obra e atividades de aventura serão capacitadas.”

Capital e litoral sul de São Paulo também se mobilizam pelo turismo acessível
O Estado de São Paulo foi o primeiro no País a criar a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, dedicada à inclusão deste público. Entre suas iniciativas mais recentes está o Programa Praia Acessível, lançado em fevereiro deste ano nas cidades litorâneas de Praia Grande, Santos e Ilhabela para garantir pleno acesso das pessoas com deficiência às suas praias.

Rafting em Socorro

Em abril, foram contempladas também as cidades de Guarujá e Bertioga; a próxima a receber cadeiras de roda anfíbias é São Sebastião.

Outra medida que beneficiará os turistas com deficiência que visitarem São Paulo é um Guia de Serviços com a acessibilidade da rede de atendimento ao longo das principais estradas paulistas, previsto para 2010. O objetivo da publicação é oferecer ao público com deficiência informações úteis, como as opções de serviços com condições de acessibilidade, o que ajudará no planejamento das viagens pelo Estado.

Na capital paulista, a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida disponibiliza há um ano o serviço Táxi Acessível. Os resultados são positivos: a cooperativa com maior número de carros em circulação (16) já recebe cerca de mil solicitações de corridas por mês. Para o secretário municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Marcos Belizário, o serviço tem potencial para ser expandido: “As pessoas com deficiência estão buscando cada vez mais a sua autonomia. A cidade conta hoje com mais de 3,9 mil ônibus adaptados, além dos 35 táxis acessíveis.”

Os veículos adaptados têm identificação visual própria e os motoristas receberam treinamento para lidar com os equipamentos (plataforma elevatória e sistemas de fixação da cadeira de rodas) e auxiliar os passageiros. Os carros são equipados conforme as normas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Trânsito. O valor das tarifas do Táxi Acessível é idêntico ao cobrado pelos carros convencionais, e o usuário pode solicitar o serviço por meio das Centrais de Operação cadastradas.

Iniciativas acessíveis se espalham pelo País unindo turismo, lazer e esporte
Ações que promovem a inclusão deste público vêm surgindo pelo Brasil, como a Jangada Acessível, implantada recentemente em Maceió. Na capital de Alagoas, até dois deficientes físicos com cadeira de rodas, junto de seus acompanhantes, podem navegar na jangada acessível, que possui 1,90 metro de comprimento e 2,50 metros de largura. A Secretaria Municipal de Promoção do Turismo (Semptur), a Superintendência Municipal de Controle do Convívio Urbano (SMCCU) e a Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas (Adefal) são as responsáveis pelo projeto pioneiro no País.

No Rio de Janeiro, o Instituto AdaptSurf, criado em 2007, promove Oficinas de Surf Adaptado, que permitem a vivência e a prática do surf para pessoas com deficiência. Sob orientação de fisioterapeutas, professores de educação física e instrutores, além de estagiários e voluntários, as aulas são oferecidas gratuitamente a todos os interessados e realizadas individualmente ou em pequenas turmas e divididas em diferentes dias e turnos, no Posto 2 da Barra da Tijuca e no Posto 11 do Leblon. Abrangem o ensino da técnica, noções de oceanografia e educação ambiental, adaptação ao meio líquido e ao ambiente de praia. Os alunos recebem ainda material didático de apoio, uniforme e certificado. O instituto carioca também promove o treinamento de atletas, que recebem acompanhamento de atletas já adaptados para que possam participar de competições nacionais e internacionais.

Socorro é destino-modelo em Aventura Especial no Brasil

Situada no litoral sul de Pernambuco, Porto de Galinhas conta desde 1995 com o trabalho da Associação Rodas da Liberdade, que, por meio do voluntariado, dedica-se a pessoas com deficiências e de baixa renda. Um de seus objetivos é criar ligação entre o esporte e o lazer, promovendo eventos de integração, atividades e palestras. Entre os serviços, há mergulho e esqui aquático adaptados. Ao mergulhar, os turistas podem flutuar pelas piscinas naturais e conhecer as belezas submersas de Porto de Galinhas. Michel Peneveyre, presidente da Rodas da Liberdade e tetraplégico, contou com a AICÁ Diving, empresa de mergulho local, para desenvolver a atividade.

Fonte..:: Ministério do Turismo – Copa 2014

(turismo adaptado, ecoturismo)

terça-feira, 19 de abril de 2016

ARTIGO: Segurança e gestão de riscos nas atividades de aventura

Segurança e gestão de riscos nas atividades de aventura
Seguridad y gestión de riesgos en actividades de aventura
Safety and risk management in adventure activities

José Ricardo Auricchio
Professor Mestre em Educação Física
Doutorando em Ciências do Movimento Humano – UNIMEP – SP
Professor Universitário – USCS, FNC/Estácio, FMS
prof.auricchio@hotmail.com
(Brasil)


Resumo
          A prática de atividades de aventura ou esportes radicais vem crescendo muito nas últimas décadas e muitas vezes são praticadas por pessoas inexperientes que colocam em risco a vida de amigos e clientes. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi caracterizar o risco nas atividades de aventura e realizar um levantamento parcial sobre normas e leis de segurança para atividades e esportes de aventura, a fim de nortear a formação e atuação dos profissionais. Como procedimento metodológico, esta pesquisa tem o caráter exploratório através de pesquisa bibliográfica e pesquisa documental. Existem leis e normas técnicas que regem as atividades de aventura, porém são mais voltadas ao turismo. Exemplos de análise de risco são colocados para que o leitor possa ter uma introdução prática sobre o tema. Os profissionais devem receber treinamento adequado e aplicar as normas em suas atividades.
          Unitermos: Esportes Radicais. Atividades de Aventura. Segurança. Risco.

Resumen
          La práctica de actividades de aventura o deportes extremos ha crecido mucho en las últimas décadas y a menudo son practicadas por personas inexpertas que ponen en peligro las vidas de amigos y clientes. Así, el objetivo de este trabajo fue caracterizar el riesgo en actividades de aventura y realizar un levantamiento parcial de las normas y leyes de seguridad a las actividades y deportes de aventura, para orientar la formación y actividades de los profesionales. Como procedimiento metodológico, esta investigación tiene el carácter exploratorio a través de investigación bibliográfica y documental. Existen leyes y normas técnicas que rigen las actividades de aventura, pero están más orientados al turismo. Ejemplos de análisis de riesgos se colocan para que el lector pueda tener una introducción práctica sobre el tema Los profesionales deben recibir una formación adecuada y aplicar las normas en sus actividades.
          Palabras clave: Deportes Radicales. Actividades de Aventura. Seguridad. Riesgo.

Abstract
          The practice of adventure activities or extreme sports has been growing a lot in the last few decades and are often practiced by inexperienced people who endanger the lives of friends and customers. Thus, the objective of this work was to characterize the risk in adventure activities and perform a partial lifting on standards and security laws to activities and adventure sports, in order to guide the formation and activities of professionals. As methodological procedure, this research has the exploratory character through bibliographical research and documentary research. There are laws and technical standards governing the adventure activities, but are more geared to tourism. Examples of risk analysis are placed so that the reader can have a practical introduction on the topic Professionals should receive adequate training and apply the standards in their activities.
          Keywords: Radical Sports. Adventure Activities. Security. Risk.

Recepção: 17/12/2015 - Aceitação: 15/03/2016 - EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 21, Nº 215, Abril de 2016. http://www.efdeportes.com/


Introdução

    De acordo com ABETA e MTUR (2009) a partir do início dos anos 1990, houve crescimento significativo na oferta de atividades de Turismo de Aventura no Brasil e, conseqüentemente, aumento da preocupação do setor com os aspectos relacionados à segurança. Nesse cenário, o Ministério do Turismo liderou uma iniciativa para organizar e estruturar melhor o segmento e torná-lo prioritário quando o assunto fosse qualificação e políticas públicas para o desenvolvimento do turismo brasileiro.

    As diversas atividades do Turismo de Aventura são bem complexas, com níveis de risco e incidência de diversos perigos, que, por conseqüência, podem causar acidentes das mais diversas gravidades. O número de acidentes vinha crescendo juntamente com o crescimento da atividade, o que fez necessário buscar formas de aumentar a segurança dos produtos oferecidos e baixar os índices dessas ocorrências (ABETA e MTUR, 2009).

    A cidade de Brotas foi a primeira a normatizar as atividades de aventura já nos anos de 1990, sendo que no início dos anos 2000, mais precisamente a partir de 2002 a ABETA (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura), em parceria com o MTUR (Ministério do Turismo) e com a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) começaram a estudar a normatização das atividades de Turismo de Aventura através de GT’s (Grupos de Trabalho) compostos por profissionais do setor e da academia.

    Nos anos seguintes foram então criadas normas técnicas para diversos segmentos do turismo de aventura que pudessem nortear a formação e a atuação desses profissionais que são denominados de guias, condutores, monitores ou instrutores. Porém, não há um órgão de fiscalização para gerenciar tais normas e se as empresas as seguem ou não.

    O que temos é o Programa Aventura Segura iniciado em 2006 implementado pela ABETA que resultou da parceria do MTUR com o SEBRAE, com o propósito de estruturar, qualificar, certificar e fortalecer a oferta desses segmentos, onde ao se adequarem dentro do programa as empresas recebem uma certificação pelo Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade, órgão ligado ao INMETRO (ABETA e MTUR, 2009).

    De acordo com a literatura, podemos constatar que as atividades de aventura não se restringem apenas as atividades de turismo de aventura propostas nas normas da ABNT. Existe uma gama de atividades praticadas em ambientes externos e internos, na natureza e na cidade que não estão contempladas em tais normas e em nenhuma outra publicada.

    Associações, federações e confederações nacionais e internacionais estão surgindo para organizar as modalidades que em muitos casos se tornaram modalidades esportivas com regras universais e campeonatos, isso em se tratando das novas modalidades como parkour, slack line, stand up paddle citando apenas algumas, pois modalidades mais antigas como paraquedismo, mergulho, surf, escalada entre outras, já tem há muito tempo sua organização.

    O objetivo deste trabalho é caracterizar o risco nas atividades de aventura e realizar um levantamento parcial sobre normas e leis de segurança para atividades e esportes de aventura, a fim de nortear a formação e atuação dos profissionais.

    Como procedimento metodológico, esta pesquisa tem o caráter exploratório através de pesquisa bibliográfica no banco de teses e dissertações da CAPES e nas bibliotecas da USP, UNICAMP e UNIMEP e em sites de artigos científicos.

    A pesquisa documental fez-se necessária também para contemplar as normas técnicas ABNT – CB54 que trazem as questões sobre turismo de aventura, além de leis pertinentes ao setor.

Segurança, risco e aventura

    Spink e Spink relatam que a aventura e o perigo sempre foram experimentados na evolução do ser humano, haja vista as migrações, explorações e navegações, velhas companheiras de nossa espécie (2009, p. 21).

    Segundo Betrán, um dos autores de referência nas atividades de aventura, as atividades físicas e desportivas de risco não são apenas uma maneira de se colocar fisicamente em jogo com o prazer da prova; elas participam da elaboração contemporânea da identidade, quer dizer, da relação consigo mesmo e com os outros dentro do contexto do individualismo contemporâneo (2003).

    Com isso surge cada vez mais a preocupação com as questões relacionadas à segurança nas práticas das atividades de aventura.

    Conceituar os termos mais utilizados é em nosso entendimento a melhor maneira de começarmos a entender sobre segurança, risco e aventura: Segurança (isenção de riscos inaceitáveis de danos); Perigo (fonte ou situação com potencial para provocar danos); Risco (combinação da probabilidade da ocorrência de determinado evento); Conseqüência (resultado de um evento); Probabilidade (grau de possibilidade de que um evento ocorra); Áreas de risco (são as áreas com risco significativo de quedas, escorregões, afogamento e outros perigos relacionados à prática do turismo de aventura) (ABETA e MTUR, 2009).

    As experiências de aventura estão associadas a riscos inerentes. Estes riscos referem-se à probabilidade de conseqüências prejudiciais ou perdas (morte, lesões, danos a propriedades e aos meios de subsistência, danos mentais e sociais, perturbação da atividade econômica), que resultam da interação entre perigos naturais, induzidos por atividade humana e condições de vulnerabilidade (UNISDR, 2009).

    Considera-se que o risco funciona como estímulo e fonte de emoções prazerosas para os indivíduos envolvidos ou atraídos pelas atividades de aventura. Estes fatores fisiológicos do estímulo do prazer têm sido muito discutidos por autores como Neulinger, McCabe e Walle (Richard, Alamino e Simões, 2007).

    Pimentel (2010) diz que quanto ao risco nas atividades de aventura, é interessante observar que envolvem não somente (ou sequer principalmente) um risco real, mas, também, um risco assumido, visto que existem elementos sensíveis e racionais que contribuem para seu controle. Logo, o risco é um componente constituinte da opção pelo esporte de aventura. Quanto menos discrepância houver entre o risco percebido e o risco real, menos perigosa se torna a vivência dessa prática corporal.

    A existência de fatores de risco não faz da atividade de aventura um programa potencialmente perigoso, mesmo que imprevistos possam acontecer. É a combinação de diferentes fatores e a maneira como são gerenciados que podem elevar enormemente a probabilidade de uma perda potencial ou de um acidente se concretizar (Richard, Alamino e Simões, 2007).

    David Le Breton trata a relação do homem com o risco como um jogo de vida e morte, para o desenvolvimento de si. As atividades físicas e desportivas de risco não são somente uma maneira de se colocar fisicamente em jogo com o prazer da prova, é primeiramente a paixão por si mesmo onde se busca o sentido, os valores, o próprio lugar no mundo, mas com justiça, sem confrontar com as regras comuns da sociedade que fazem profanar sobre existências superprotegidas por regulamentos sociais (Le Breton, 2010).

    Para que o risco seja controlado surgem através de estudos sistemas para garantir a segurança e controlar o risco das atividades de aventura.

Sistema de gestão de segurança e gerenciamento de risco

    Ao falarmos sobre as questões de segurança utilizaremos as normas técnicas para turismo de aventura da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que delimita normas específicas para turismo de aventura, gestão de segurança e gerenciamento de risco.

    As Normas Técnicas para Turismo de Aventura tem grande enfoque em sistemas de gestão de segurança e gerenciamento de risco, desde a saída dos clientes da agência, trajeto ao local da atividade, movimentação em áreas de risco durante a atividade, sendo a segurança do grupo responsabilidade do responsável pela operação.

    Um sistema de gestão de segurança (SGS) deve prevenir os acidentes por meio de análises de riscos detalhadas, deve também implementar programas de prevenção de acidentes e ter um plano de atendimento a emergência para socorrer vítimas. O SGS envolve as operadoras de turismo de aventura, receptivos e atrativos turísticos organizados. Todos os envolvidos devem ser treinados para que garantam a própria segurança, dos colegas e dos clientes (ABETA, 2007).

    Em se tratando da gestão de riscos, conforme estabelecido na NBR15331 de 2006 e substituída pela ABNT NBR ISO 21101 de 2014 é necessário realizar uma avaliação dos perigos existentes na sua operação e realizar uma análise de riscos, conforme estabelecido na norma. Além disso, há uma certificação em Sistema de Gestão de Segurança que as empresas podem implementar, tendo que cumprir vários requisitos e passar por uma auditoria de certificação.

    De acordo com a norma, Todo Perigo gera pelo menos um Risco, mas há situações em que o perigo pode gerar mais que um risco. Lembrando que perigo – fonte ou situação com potencial para provocar danos e risco – combinação da probabilidade da ocorrência de determinado evento, conforme a tabela 1.

Tabela 1. Exemplo de perigos e riscos da atividade de rapel









Fonte: ABETA, 2007
    Todo Perigo identificado tem uma Probabilidade de ocorrer, assim como todo Risco gera uma Conseqüência, ou seja, Perigo => Probabilidade e Risco => Conseqüência, conforme a tabela 2.


Tabela 2. Exemplo de probabilidade e conseqüência









Fonte: ABETA, 2007
    Com base no exemplo da atividade do rapel a tabela 3 relaciona as tabelas 1 e 2.


Tabela 3. Exemplo de perigos e sua probabilidade e riscos e sua conseqüência













Fonte: ABETA, 2007
    Selecionamos alguns passos que constam no Manual de boas práticas de sistema de gestão da segurança da ABETA (2009). Agora tente levar estes conhecimentos para a sua realidade. Tente identificar os perigos e os riscos relativos às atividades que você desempenha. Para isso, siga os passos a seguir:

1° Passo. Separe a atividade em partes (deslocamento até o local, execução da atividade, deslocamento de retorno) se for o caso você pode dividir a etapa execução da atividade, como por exemplo em uma atividade de arvorismo, onde você pode identificar os perigos e riscos de cada trecho do circuito.

2° Passo. Identifique os perigos (lembre-se que perigo é a causa, é o que pode ocorrer durante a atividade).

3° Passo. Identifique os riscos (lembre-se risco é a conseqüência, é o que pode ocorrer com o cliente). Para cada perigo podem ocorrer um ou mais riscos.

4° Passo. Avalie o contexto e estabeleça as probabilidades de cada perigo (neste ponto pense só nos perigos, não olhe para os riscos para não misturar as informações)

5° Passo. Avalie o contexto e estabeleça as conseqüências para cada risco (neste ponto pense só nos riscos, não olhe para os perigos para não misturar as informações)

6° Passo. Monte uma tabela e junte todas as informações.


Tabela 4. Uso para exemplo das informações coletadas no exercício















Fonte: ABETA, 2007
    Com os perigos, riscos, probabilidades e conseqüências identificadas (o que fizemos anteriormente) vamos agora avaliar os riscos multiplicando a probabilidade x conseqüência.


Tabela 5. Pontuação de avaliação do risco














Fonte: ABETA, 2007
    Perceba que na avaliação de risco encontramos os números 2, 3 e 6. Mas qual é o critério que devemos seguir?


Tabela 6. Critérios de classificação do risco








Fonte: ABETA, 2007
    Completando nossa tabela então temos:


Tabela 7. Classificação do risco de acordo com o exemplo














Fonte: ABETA, 2007
    Se o risco for aceitável (desprezível) nenhuma ação deverá ser realizada, apenas um monitoramento contínuo para que permaneça assim. Se o risco for inaceitável (moderado ou crítico) será preciso implementar uma ou mais ações para evitar que o perigo se materialize em risco (consequências). Essa ação é denominada Controle Operacional (ABETA, 2009).


Tabela 8. Exemplo de controle operacional















Fonte: ABETA, 2007
    Controle operacional são as ações tomadas para evitar que o perigo de transforme em risco real. Agora resgate a tabela anterior e complete-a com os controles operacionais existentes na sua atividade (apenas os que realmente funcionam) (ABETA, 2009).


Tabela 9. Controle operacional de acordo com a análise de risco














Fonte: ABETA, 2007
    Ainda de acordo com o manual da ABETA (2009), para tratar os riscos, ou seja, programar o controle operacional deverão priorizar as ações da seguinte forma:

Ações para eliminar o risco.

Ações para reduzir a probabilidade.

Ações para reduzir as consequências.

Ações para transferir o risco.

    Uma maneira fácil de demonstrar e visualizar os riscos é trazendo o conhecimento em segurança do trabalho para as atividades de aventura, utilizando um mapa de risco adaptado.

    Mapa topográfico, de escala variável, no qual se grava sinalização sobre riscos específicos, definindo níveis de probabilidade de ocorrência e de intensidade de danos previstos. Mapa que tem por objetivo indicar os riscos de um ambiente de trabalho. Constitui-se uma planta do ambiente de trabalho, na qual se indicam através de círculos coloridos os diversos tipos de riscos. Os círculos variam de tamanho, sendo tanto maior quanto maior a gravidade do risco indicado (UFF, 2013).

    No mapa de risco, os riscos são representados e indicados por círculos coloridos de três tamanhos diferentes.

Figura 1. Mapa de gerenciamento de risco de atividade de rapel na Serra da Cantareira – SP

Fonte: O Autor
Documentos oficiais sobre gestão de segurança nas atividades de aventura e turismo de aventura

    Colocamos aqui os documentos relacionados com a gestão de segurança nas atividades de aventura, ligadas ao turismo de aventura.

Política Nacional do Turismo
Lei nº 11.771, de 17 de setembro de 2008.

Dispõe sobre a Política Nacional de Turismo, define as atribuições do Governo Federal no planejamento, desenvolvimento e estímulo ao setor turístico; revoga a Lei no 6.505, de 13 de dezembro de 1977, o Decreto-Lei no 2.294, de 21 de novembro de 1986, e dispositivos da Lei no 8.181, de 28 de março de 1991; e dá outras providências.

Decreto nº 7.381, de 2 de dezembro de 2010

Regulamenta a Lei no 11.771, de 17 de setembro de 2008, que dispõe sobre a Política Nacional de Turismo, define as atribuições do Governo Federal no planejamento, desenvolvimento e estímulo ao setor turístico, e dá outras providências.

Art. 34. Deverão as agências de turismo que comercializem serviços turísticos de aventura:

I - dispor de condutores de turismo conforme normas técnicas oficiais, dotados de conhecimentos necessários, com o intuito de proporcionar segurança e conforto aos clientes;

II - dispor de sistema de gestão de segurança implementado, conforme normas técnicas oficiais, adotadas em âmbito nacional;

III - oferecer seguro facultativo que cubra as atividades de aventura;

IV - dispor de termo de conhecimento com as condições de uso dos equipamentos, alertando o consumidor sobre medidas necessárias de segurança e respeito ao meio ambiente e as conseqüências legais de sua não observação;

V - dispor de termo de responsabilidade informando os riscos da viagem ou atividade e precauções necessárias para diminuí-los, bem como sobre a forma de utilização dos utensílios e instrumentos para prestação de primeiros socorros; e

VI - dispor de termo de ciência pelo contratante, em conformidade com disposições de normas técnicas oficiais, que verse sobre as preparações necessárias à viagem ou passeio oferecido.

Normalização do Turismo - Associação Brasileira de Normas Técnicas

    Atualmente existem 17 normas publicadas relacionadas ao Turismo de Aventura, como se encontra na tabela abaixo:



    Como consta no site da ABNT: “O Ministério do Turismo (MTur) e a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) firmaram um contrato que possibilita, após breve cadastro, visualizar e imprimir as normas brasileiras publicadas no âmbito do Comitê Brasileiro de Turismo (ABNT/CB-54).” Sendo assim as normas estão disponíveis aos interessados que desejem um maior aprofundamento no assunto.

Considerações finais

    Tendo em vista que todas as atividades de aventura sejam as classificadas como esporte ou turismo envolvem risco aos praticantes e que este risco deve ser controlado, os profissionais devem receber treinamento adequado e então ficarem atentos às normas de segurança vigentes para todas as atividades e aplicá-las sempre no sentido de minimizar tais riscos proporcionando aos praticantes uma atividade prazerosa em que todos vivenciem experiências únicas e inesquecíveis nas atividades de aventura, sejam elas na natureza ou urbanas.

    Com isso, sistemas de gestão de segurança são essenciais para minimizar os riscos das atividades de aventura desde que sejam implantados corretamente em todas as suas etapas, inclusive as previstas na lei da política nacional do turismo que podem ser implantados seguindo os exemplos citados no texto.

    Cursos de aperfeiçoamento devem ser criados por órgãos do governo ligados ao turismo de aventura de forma gratuita ou a custos acessíveis para que, se não todos, mas a maioria dos profissionais do setor possa estar capacitada no tema.

    Aos praticantes, estes devem solicitar informações aos instrutores e supervisores para que possam ter o conhecimento sobre o gerenciamento de risco das atividades de aventura que estarão praticando, para que possam garantir em primeiro lugar a própria segurança e também a dos outros praticantes, para que não ocorram acidentes tornado essa prática cada vez mais prazerosa e que tenham cada vez mais adeptos.

Bibliografia

ABETA e MTUR (2009) Manual de boas práticas de sistema de gestão da segurança / ABETA e Ministério do Turismo. Belo Horizonte: Ed. dos autores, 106p.

ABETA (2007) Programa Aventura Segura. Apostila do Curso de Sistema de Gestão de Segurança. ABETA e Ministério do Turismo.

ABNT NBR 15331 (2005) – Turismo de Aventura – Sistema de Gestão da Segurança – Requisitos – ABNT.

Betrán, Javier (2003) Rumo a um novo conceito de ócio ativo e turismo na Espanha: atividades físicas de aventura na natureza. In: A. Marinho e H. Bruhns. Turismo, lazer e natureza. Barueri: Manole. p.157-202.

Le Breton, D. (2011) Dos jogos de morte ao jogo de viver na montanha: Sobre o alpinismo solitário. In D.W. Pereira et al. Entre o urbano e a natureza: a inclusão na aventura. São Paulo: Léxia.

MTUR (2005) Regulamentação, normatização e certificação em turismo de aventura. Relatório Diagnóstico. Brasília, Ministério do Turismo.

Pimentel, G.G.A. (2010) Percepção dos riscos, condicionamento corporal e interações sociais no vôo livre. Rev. Bras. Cienc. Esporte, Campinas, v. 31, n. 2, p. 45-59, janeiro.

Política Nacional do Turismo. LEI Nº 11.771, DE 17 DE SETEMBRO DE 2008. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11771.htm. Acesso em 02 de Abril de 2014.

Richard, V.L., Alamino, W. R. e Simões, M. A. F. (2007) Gerenciamento de Riscos em Programas de Aventura. Revista Turismo em Análise, v. 18, n. 1, p. 94-108- Maio.

Spink, M.J. e Spink, S.P.P. (2009) Aventura esportiva na modernidade tardia. In: C.A.G. Dias e E.D. Alves Junior (Orgs.). Em busca da aventura: múltiplos olhares sobre esporte, lazer e natureza. Niterói: EDUFF.

Terminology of disaster risk reduction. United Nations International Strategy for Disaster Reduction, 2009. Disponível em: http://www.unisdr.org/we/inform/terminology. Acesso em 18 de Março de 2014.

Universidade Federal Fluminense. Como elaborar um mapa de risco. Disponível em http://www.uff.br/enfermagemdotrabalho/mapaderisco.htm. Acesso em 10/03/2013.

Vidal, A.P.R.M. (2011) A segurança nas atividades de ar livre e de aventura. Dissertação de Mestrado, ULHT – Lisboa-PT.

Fonte..:: EFDEPORTES



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