Turismo Consciente na
Costa da Mata Atlântica
(Baixada Santista)
BLOG CAIÇARA

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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE TURÍSTICA

À medida que o turismo avança para o século XXI, os empreendimentos terão que fazer do meio ambiente, uma prioridade. Por ser o maior setor do mundo, o meio ambiente está assumindo um lugar central no desenvolvimento turístico. O turismo não é apenas uma força econômica poderosa, mas, também, um fator importante na sustentabilidade da natureza. Como se prestará mais atenção ao meio ambiente no futuro, os projetos economicamente viáveis, mas não ambientalmente desejáveis, não serão desenvolvidos. O meio ambiente é o núcleo do produto turístico. A lucratividade no setor depende da manutenção da atratividade de uma destinação que as pessoas querem ver ou conhecer.

O turismo tem o poder para aprimorar o meio ambiente, prover fundos para conservação, preservar cultura e história, estabelecer limites sustentáveis de utilização e proteger atrações naturais. Também em o poder de destruir. Se não for planejado e implementado de maneira apropriada, pode destruir a vegetação, gerar superpopulação, sujar as trilhas, poluir as praias, causar excessos de construções, eliminar espaços abertos, criar problemas de esgotos e habitação, e ignorar as necessidades e a estrutura da comunidade receptora.

Já se está reconhecendo que o turismo deve preservar e proteger o ambiente e as atrações naturais, de forma que as pessoas continuem a viajar, além de estabelecer limites para que os locais sejam verdadeiramente sustentáveis (GOELDNER et al., 2002).

Até a segunda metade do século XX, o interesse por áreas naturais é deixado de lado e o turismo visa a massificação dos roteiros turísticos. As características do ambiente são deixadas de lado e a preocupação concentra-se em levar o maior número de turistas possível em locais com paisagens significativas, não se importando com a destruição da natureza.

No final do século XX, o olhar do turismo volta-se, novamente, para as áreas naturais, que suportam um número bem menor de visitantes. Mais turistas estão conscientes do dano ecológico que podem provocar, do valor da vida natural e dos interesses das populações locais (FERRETTI, 2002).

As visitas à natureza não são obviamente uma novidade, uma vez que sempre existiram. Apenas agora estamos organizando-as como negócio e, assim, tornando-as mais acessíveis a um público mais amplo. Essas visitas podem ser sempre muito enriquecedoras, aliás, como qualquer viagem. Mas somos levados a desejar que essa experiência seja potencializada perante a raridade dos espaços naturais preservados, a sua fragilidade e o fato de serem pouco valorizados em nossa sociedade (NEIMAN & MENDONÇA, 2000).

O ecoturismo também é chamado de turismo ecológico, turismo natural, turismo de natureza, turismo verde, turismo de baixo impacto, turismo alternativo, turismo responsável, turismo soft, turismo apropriado, turismo de qualidade e novo turismo. O princípio de ambos é sustentar e mesmo aprimorar a qualidade e a atividade do ambiente natural.

Porém, “todo turismo deveria ser ecológico no sentido de que para usufruir a natureza é preciso ter um conhecimento prévio do ambiente a ser colocado à disposição do uso turístico. Todo turismo deveria se pautar no funcionamento da natureza e nos seus limites ecológicos ao projetar infra-estrutura e equipamentos turísticos. Qualquer tipo de turismo tem de se adequar às fragilidades do meio e ser capaz de gerir e controlar impactos ambientais” (LEMOS et al., 1999).

De acordo com VAZ (1999), o turismo ecológico cabe em qualquer ambiente, pois corresponde mais a uma postura do que um segmento propriamente dito.

Há um grande número de definições de ecoturismo. Sua definição é polêmica e difícil de determinar com precisão.

Segundo a EMBRATUR (2002), Ecoturismo é um “segmento da atividade turística que utiliza de forma sustentável o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações”.

Definido amplamente, o ecoturismo envolve mais do que preservação. É uma forma de turismo que responde às necessidades ecológicas, sociais e econômicas de uma área. Também proporciona uma alternativa ao turismo de massas. Engloba todos os aspectos do turismo - desde as companhias aéreas até os hotéis, do transporte em terra às operadoras turísticas. Ou seja, cada componente do produto ecoturístico é ambientalmente sensível. Como forma de turismo, o ecoturismo alimenta uma compreensão da cultura e da história natural do meio ambiente, estimula sua integridade produz oportunidades econômicas e ganhos em termos de preservação (GOELDNER et al., 2002).

Segundo FERRETTI (2002), há a tendência na atualidade, de definir qualquer atividade turística ligada à natureza, como ecoturismo. Sob essa perspectiva, o ecoturismo está incorporando uma série de princípios aplicáveis que se relacione com o ambiente natural, não e importando com a escala ou o objetivo, mas sim com o impacto.

Caracterizar com detalhes o ecoturismo é necessário, mas caso esse conceito seja amplo demais, poderá ser descaracterizado e, se for restrito, seu papel ficará limitado. Uma maneira é focalizara natureza como “mercadoria”, tendo em mente que é um sistema aberto e que responderá conforme o uso que será imposto no local. O termo ecoturismo caracteriza um grau de responsabilidade, tanto nos elementos naturais do ambiente como a estrutura social da área envolvida. Para alguns autores, a expressão “viagem responsável” retrata o ecoturismo.

Com base nessas possíveis respostas, o ecoturismo poderá propor ações que irão minimizar os efeitos negativos.

O turismo é uma conjugação de diversos fatores sociais, econômicos, políticos, ideológicos, culturais, técnico-científicos e ambientais. É um fenômeno complexo, dinamizando vários setores produtivos nos mais diferentes locais do nosso planeta (FERRETTI, 2002).

De uma perspectiva conceitual, e a despeito da multiplicidade de definições encontradas para a atividade ecoturística, é possível apontarmos para um consenso em torno de seu caráter intrinsecamente educativo, de seu compromisso com a criação da consciência ambientalista e a modificação de comportamentos.

Fonte..:: Apostila Gestão de Empreendimentos Turísticos – Versão 4 – Renato Marchesini, 2010.

(ecoturismo, recicle suas idéias, turismo pedagógico)

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Turismo ilegal: Fuja do Turismo Pirata!!! Empresa Formal é Turismo legal

 Pessoal, essa aí é para não perder a viagem! A ideia é ajudar o turista a não ter problemas antes, durante e depois do passeio ou viagem.

O potencial turístico no Brasil vem se desenvolvendo visivelmente nos últimos anos. Diversas ações foram criadas para colaborar com esse crescimento e promover uma experiência inesquecível ao turista e potencializar essa vocação do País.

Uma dessas ações é o CADASTUR, sistema de cadastro dos prestadores de serviços turísticos, que tem o objetivo de reunir todos aqueles que estejam legalmente constituídos e em operação.

O CADASTUR é executado pelo MTur, em parceria com os Órgãos Oficiais de Turismo das Unidades da Federação. O MTur realiza campanhas nacionais de cadastramento e atualização de dados, com ações de telemarketing, mídia e propaganda de modo a aumentar o número de cadastrados.

Empresas que devem estar devidamente cadastradas (obrigatório):
 - Agências de Turismo;
- Meios de Hospedagem;
- Transportadoras Turísticas, 
- Parques Temáticos;
- Organizadores de Eventos;
- Acampamentos Turísticos.

O cadastro permite que os integrantes participem de campanhas, feiras e eventos realizados pelo Ministério do Turismo e pela Embratur, bem como o acesso a linhas de crédito específicas para o turismo, por meio de instituições financeiras oficiais, além da participação em programas de qualificação promovidos e apoiados pelo MTur.

O cadastro é uma excelente fonte de consulta do mercado turístico brasileiro, sendo disponibilizado on-line pelo site www.cadastur.turismo.gov.br

..:: AGÊNCIAS DE TURISMO

Importante: Compreende-se por Agência de Turismo a sociedade que tenha por objeto social, cuja atividade compreende a oferta, a reserva e a venda a consumidores de: passagens, acomodações e outros meios de hospedagens, serviços de recepção, excursões, viagens e passeios turísticos, elaboração de programas e roteiros de viagens turísticas, entre outros. A inobservância de obrigações estabelecidas constituirá em infração, sujeitando-se o infrator as penalidades, tais como: multa; interdição do local, dentre outras.

Observação: Vale lembrar que cabe ao Ministério do Turismo não só o registro da agência, mas também sua autorização de funcionamento e toda a normatização da atividade (sua fiscalização), bem como o tipo de publicidade permitida.

ATENÇÃO! : Não podem vender e operar passeios e roteiros turísticos:
Pessoa Física, Poder Público, Ongs, Free Lancer (Maria Tur), Guia de Turismo, Monitor de Turismo e Monitor Ambiental. CUIDADO!

Caso estejam realizando é atividade ilegal! Cuidado!!! Fuja do Mico..


SEGURANÇA e QUALIDADE:
Contrate Sempre uma Agência de Turismo Cadastrada no Ministério do Turismo.

Acesse o CADASTUR ( www.cadastur.turismo.gov.br ), sistema no qual é possível consultar empresas do setor regularizadas no Ministério do Turismo. 



Verifique em sua Cidade ou no Destino escolhido quais são as empresas prestadoras de Serviços Turísticos devidamente Legalizadas.


De fato: Empresa Legal é Turismo Legal!
 (turismo, ecoturismo, turismo terceira idade, turismo pedagógico)








quinta-feira, 3 de abril de 2014

Site Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo divulga Atividade Prática de Alunos do Curso Superior em Turismo da Federal de Cubatão

Trilha ecológica é “lição de casa” no curso de Turismo de Cubatão

Domingo não é dia de aula. Mas, para 11 alunos do curso Tecnológico de Gestão em Turismo do Campus Cubatão, o dia 30 de março foi ideal para uma atividade extraclasse. E põe extraclasse nisso! Os alunos e o professor de Educação Ambiental, Renato Marchesini, trilharam dois lugares preservados da Mata Atlântica: o Pico do Urubu e a Trilha da Pedreira, que fazem parte do Parque Ecológico do Voturuá, em São Vicente. 

Marchesini explica os tipos de plantas da Mata Atlântica encontrados na trilha

A caminhada de seis quilômetros entre os dois locais durou duas horas e meia e foi cercada de explicações sobre a atividade do guia de turismo ecológico, abrindo mais uma oportunidade de trabalho para quem se forma na área. A aluna Rosângela Lima dos Santos, do 4º módulo do curso, conta que, para ela, a trilha foi um momento único. “Nunca tinha pensado em fazer trilha. Agora vou fazer sempre. Na cidade, não temos o contato com a natureza. A sensação foi de estar num lugar diferente”, explica. 

Os 200m de altura que o Pico do Urubu tem não assustaram o aluno Walter de Jesus, o mais velho da turma. “Para mim, restava a dúvida se conseguiria superar os desafios da trilha”. Mas, de acordo com a outra aluna do curso, Regina Lima dos Santos Rocha, o fato de o professor ser também um guia de turismo a deixou muito tranquila. “Se não estivesse com uma pessoa que conhecesse a trilha, eu não me sentiria segura”, ressalta. 

Grupo esbanja disposição para fazer as trilhas

A intenção do professor Marchesini é tornar a atividade rotineira no curso de Gestão em Turismo. “Falta gente qualificada no mercado de ecoturismo e a vivência é um processo essencial para complementar o profissional”, explica. A saída para a trilha não é obrigatória a todos os alunos, mas, quem a faz, garante que vai continuar. “É importante ter a prática e eu senti que renovei as energias. Penso em seguir esse caminho (do ecoturismo)”, comenta Regina. 


(turismo, turismo pedagógico)

Para Roteiros Educacionais entre em contato com a R9 Turismo


quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Síndrome de Veneza promove reflexão entre alunos do Turismo


Estudantes do curso Superior de Turismo do IFSP - Campus Cubatão e os professores Renato Marchesini e Thiago Rodrigues Schulze, participaram no dia 4 de novembro da cerimônia de abertura da 3.ª Mostra EcoFalante de Cinema Ambiental, no Sesc Santos.

No evento, foi exibido o filme "A Síndrome de Veneza", que retrata uma cidade que vive sob a enorme pressão do turismo de massa - e vive disso. A cidade deixou de existir como uma estrutura urbana, foi abandonada por seus habitantes e está caindo em decadência física, social e moral. O filme é um retrato de uma cidade magnífica no processo de autodestruição.

Para a estudante de turismo Taynara Valadão, o filme Síndrome de Veneza foi muito esclarecedor. "Ver que o turismo massificado pode destruir o destino, não como um espaço físico somente, mas principalmente a essência, o povo".


Segundo o professor Renato Marchesini, o filme traz grande reflexão quanto ao turismo de massa. Uma cidade altamente turística, que perde e exclui sua população autóctone e vira somente um espaço de turista, dos "bárbaros", como diz uma moradora no filme. É um grande exercício de reflexão! Qual é o turismo que queremos?

Fonte..:: Federal Cubatão



(turismo, evento_programação, turismo pedagógico)



quinta-feira, 3 de abril de 2014

Trilha ecológica é “lição de casa” no curso de Turismo de Cubatão

Domingo não é dia de aula. Mas, para 11 alunos do curso Tecnológico de Gestão em Turismo do Campus Cubatão, o dia 30 de março foi ideal para uma atividade extraclasse. E põe extraclasse nisso! Os alunos e o professor de Educação Ambiental, Renato Marchesini, trilharam dois lugares preservados da Mata Atlântica: o Pico do Urubu e a Trilha da Pedreira, que fazem parte do Parque Ecológico do Voturuá, em São Vicente.



A caminhada de seis quilômetros entre os dois locais durou duas horas e meia e foi cercada de explicações sobre a atividade do guia de turismo ecológico, abrindo mais uma oportunidade de trabalho para quem se forma na área. A aluna Rosângela Lima dos Santos, do 4º módulo do curso, conta que, para ela, a trilha foi um momento único. “Nunca tinha pensado em fazer trilha. Agora vou fazer sempre. Na cidade, não temos o contato com a natureza. A sensação foi de estar num lugar diferente”, explica.

Os 200m de altura que o Pico do Urubu tem não assustaram o aluno Walter de Jesus, o mais velho da turma. “Para mim, restava a dúvida se conseguiria superar os desafios da trilha”. Mas, de acordo com a outra aluna do curso, Regina Lima dos Santos Rocha, o fato de o professor ser também um guia de turismo a deixou muito tranquila. “Se não estivesse com uma pessoa que conhecesse a trilha, eu não me sentiria segura”, ressalta.



A intenção do professor Marchesini é tornar a atividade rotineira no curso de Gestão em Turismo. “Falta gente qualificada no mercado de ecoturismo e a vivência é um processo essencial para complementar o profissional”, explica. A saída para a trilha não é obrigatória a todos os alunos, mas, quem a faz, garante que vai continuar. “É importante ter a prática e eu senti que renovei as energias. Penso em seguir esse caminho (do ecoturismo)”, comenta Regina. 

Fonte..:: Federal de Cubatão


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(turismo, turismo pedagógico)


segunda-feira, 13 de junho de 2011

Canoagem Ecológica com Renato Marchesini é Destaque de Capa no Jornal A Tribuna "A Vida dos Manguezais da Baixada Santista"


As raízes tortas do mangue, a nova atração de São Vicente

Por ..:: Victor Miranda

São Vicente é conhecida por suas praias, história e por possuir um centro comercial aquecido. Ao resumir os atrativos principais da Cidade, dificilmente alguém fugirá desses tópicos. Mais raro ainda seria alguém citar como atrações os rios e manguezais localizados no Município. O que não deixa de ser uma grande injustiça, tamanha a beleza que esses locais, quase desconhecidos pela maioria, oferecem.

Embora pouco divulgado e procurado, o turismo fluvial revela um enorme potencial quando desbravado. Foi o que A Tribuna fez ao entrar em contato direto com a natureza e viver experiências inesquecíveis pelas águas do Mar Pequeno e do Rio Piaçabuçu. A reportagem teve o privilégio de navegar por esses ambientes na 2ª Canoagem Ecológica, promovida pela R9 Turismo.

O passeio tem início no Portinho, em Praia Grande, onde a equipe responsável pela expedição passa as instruções e conduz o aquecimento. Na hora de assumir os remos, mesmo os mais inexperientes constatam que não se trata de nenhuma missão impossível.

A canoa canadense, meio de transporte adotado, permite que três pessoas alternem suas remadas sem que seja preciso fazer esforço físico excessivo.

Outras cidades
Embora com um cenário novo para a maioria das pessoas, não se pode dizer que o trajeto seja uma novidade. Afinal, desde os tempos remotos do Descobrimento do Brasil, indígenas partiam da região onde hoje existe o Portinho rumo ao Rio Piaçabuçu, que dá acesso a Mongaguá e Itanhaém.

“O que tentamos fazer foi reinventar uma rota que já foi bastante explorada no passado”, explica Renato Marchesini, diretor comercial da R9 Turismo.

Logo na saída, há um misto de tristeza ao olhar para a margem direita e constatar as inúmeras palafitas que ainda há no lado de São Vicente, na favela México 70.

Tristeza por se deparar com as condições dessas pessoas e saber que durante anos elas foram responsáveis por poluir aquelas águas - muito lixo ainda é encontrado na parte mais urbana do trajeto. E a alegria é por testemunhar que existe um esforço sensível para conter esse avanço de moradias e condições desumanas.

Basta que as embarcações se afastem do ponto de partida – seguindo para São Vicente – para que um sentimento tome conta dos integrantes da expedição: a paz. Aos poucos, não há mais qualquer sinal de barulho, a quantidade de lixo nas margens começa a diminuir, o número de árvores típicas de manguezais cresce muito, bem como as variações de espécies de pássaros.

A vegetação, por exemplo, pode ser dividida em mangue-vermelho, mangue-preto e mangue-branco. O mangue-vermelho, por exemplo, tem árvores que podem chegar a 15 metros de altura com raízes muito fortes. Por conta da salinidade na água, outras espécies criam mecanismos naturais para a respiração.

O aprendizado não para por aí. À medida que as canoas deslizam pelo Rio Piaçabuçu, Marchesini vai explicando a importância do manguezal, como algumas aves vivem, as características da vegetação. É possível observar caranguejos e siris, além de peixes como tainha saltando a todo tempo.

Também dá para admirar algumas das centenas de espécies de aves que vivem no local, como os casos da garça-azul, garça-branca, socó e o colhereiro. Mas o momento de mais alegria é quando se avista os belos guarás-vermelhos.

Tempo
Renato Marchesini conta que muitos dos que fazem o passeio garantem que um dia voltarão. Mas eles fazem uma recomendação aos interessados. “É perigoso fazer o trajeto sozinho, pois é fácil se perder no meio do rio”, enfatiza o diretor comercial.

Para todos os efeitos, quem quiser conhecer esse paraíso que é, ao mesmo tempo, tão próximo e tão distante, pode ligar para a R9 Turismo pelo telefone (13) 98113.4819 e agendar um passeio. O custo é R$ 34,00 por pessoa, contando com a canoa, colete, seguro e guias de turismo especializados. Também existe o site disponível para outras informações: www.r9turismo.com

Fonte..:: A Tribuna



Fonte..:: Jornal A Tribuna de Santos de 12 de junho de 2011 (domingo)

(ecoturismo, turismo, papo de biologia, recicle suas idéias, turismo pedagógico, promoção_caiçara)


segunda-feira, 12 de março de 2012

Notas do Turismo Paulista: Turismo de Bicicleta no Litoral de São Paulo "Bike Tour"

Veja todas matérias no link abaixo:


clique nas imagens para ampliar

Fonte..:: AMITur - Associação dos Municípios de Interesse Cultural e Turístico

(turismo, ecoturismo, turismo melhor idade, turismo pedagógico, promoção_caiçara, recicle suas idéias)

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Consultor da TAM ministra palestra para expositores da Feira de Artes - Embú das Artes / SP

Receber bem o turista tem uma ligação direta com o preparo dos profissionais e esse é um diferencial que certamente proporcionará à empresa uma competitividade maior. Pensando nisso que a Secretaria de Turismo em parceria com o Senac, oferecem a palestra “Organização e Planejamento para o Turismo Receptivo”, ministrado por Adriano Gomes que é consultor da TAM Viagens.

O evento faz parte do projeto “De Carona no Turismo”, do Senac, que visa o desenvolvimento de atividades turísticas. Para isso, dez cidades do estado de São Paulo foram mobilizadas para receber palestras workshops e outras atividades. O projeto contempla ainda um roteiro turístico na cidade de Embu, com cerca de 40 pessoas, a ser realizado no dia 29 de maio, acompanhados por um guia local e pela equipe do Senac.

A palestra é gratuita.
O interessado deverá fazer inscrição antecipadamente pelo telefone (11) 4785-3494 ou pelo site http://www.embu.sp.gov.br/.

O palestrante
Adriano Gomes é teólogo e pedagogo, pós graduado em Política, Relações Internacionais, Didática e Pedagogia do Ensino Superior e MBA em Gestão Estratégica de Negócios.Também é Gerente de Produtos da TAM Viagens, professor visitante do Instituto Haggai no Havaí e consultor pedagógico do Senac, tendo desenvolvido cursos sobre Turismo e apostilas para a instituição. Palestrante e consultor de Turismo, Gestão e Desenvolvimento da Ethos Consulting.

Palestra “Organização e Planejamento para o Turismo Receptivo”
Data: 25 de maio, às 19h
Local: Centro Cultural Mestre Assis do Embu (Largo 21 de abril, 29 – Centro).
Mais informações na Secretaria de Turismo ou pelo telefone: 11 4785-3694

Fonte..:: Secretaria de Turismo Embú das Artes

(evento_programação)

sexta-feira, 20 de maio de 2011

TURISMO CUBATÃO / ECOTURISMO CUBATÃO: Parque Estadual da Serra do Mar (PESM) ITUTINGA-PILÕES

Criado em 1977, o Parque Estadual da Serra do Mar, com 315 mil hectares no total, é a maior área de proteção integral de toda a Mata Atlântica do Brasil. O núcleo Itutinga-Pilões representa uma parte do Parque, onde os visitantes têm a oportunidade de conhecer e vislumbrar o bioma de Mata Atlântica, sua fauna, flora e suas águas.

O roteiro começa com a Trilha do Rio Pilões, cujo trajeto é feito beirando as águas do rio. Além de observar a flora, por algumas vezes indicada por placas, com alguma sorte e técnica o visitante pode ver alguns exemplares da fauna local. Esta trilha possui também uma referência histórica, que são as ruínas da antiga Vila de Itutinga.

Após a Trilha do Rio Pilões iniciamos a Trilha do Passareúva, onde teremos acesso às águas claras e límpidas da Cachoeira do Passareúva. Sua queda forma uma bela piscina natural, sendo um ótimo convite para um refrescante banho!

CONDIÇÕES GERAIS
Idioma: Português
Grau de dificuldade: Fácil
Idade mínima: 7 anos
Horário de Saída: 8:00
Horário Término: 14:00
Ponto de Encontro: Base R9 Turismo.

INCLUI: Dicas Preparatórias, Autorização, Seguro e Guia de Turismo Especializado.
* Sujeito a alteração sem aviso prévio.

OPCIONAIS: Transporte, Lanche de Trilha e Bastão de Caminhada – consulte-nos.

Para maiores informações e reservas: contato@r9turismo.com
O Site de Turismo da Costa da Mata Atlântica


GARANTA SUA PRESENÇA!!!

(turismo, ecoturismo, turismo pedagógico, promoção caiçara, papo de biologia)


segunda-feira, 2 de maio de 2011

Turismo Guarujá: CITY TOUR GUARUJÁ/SP (terça a domingo)

A beleza das praias de Guarujá e a exuberância da Mata Atlântica atraíram o turismo para a região. Sua orla é uma das mais valorizadas e procuradas no litoral paulista. Essas belezas também foram responsáveis pela fama internacional da cidade, que recebeu o título de “Pérola do Atlântico”.

Parada: Acqua Mundo.

Panorâmico: Praias (Guaiuba, Tombo, Astúrias, Pitangueiras e Enseada), Pavilhão da Maria Fumaça, Espaço Santos Dumont e Outros.

Fotos de ..:: Renato Marchesini

CONDIÇÕES GERAIS
Idioma: Português
Duração Total: 4 horas
Grupo Mínimo: 8 pessoas
Grupo Máximo: 23 pessoas
Horário de Saída: a combinar
Horário de Retorno: a combinar
Local de Saída: Em ponto único, Santos, São Vicente ou Guarujá.

INCLUI: Autorização e Guia de Turismo.

* Sujeito a alteração sem aviso prévio.

OPCIONAIS: Transporte, Ingresso Acqua Mundo e Alimentação – consulte-nos.




Para maiores informações e reservas: contato@r9turismo.com

O Site de Turismo da Costa da Mata Atlântica

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(promoção_caiçara, turismo, turismo pedagógico, fatos_históricos)


sexta-feira, 29 de abril de 2011

TURISMO RURAL ESTÂNCIA DIANA – SANTOS/SP

Localizada na área continental de Santos, em uma propriedade particular, torna-se um roteiro único na região. Um cenário rural em meio à Mata Atlântica, onde a bubalinocultura, a minhocultura e o cultivo de palmeiras ornamentais fazem parte deste roteiro.

A Estância abrigou até a década de 70 o cultivo de bananas e utilizava para transportá-las, para posterior embarque, os antigos vagonetes.

Alguns pássaros típicos de áreas de campos, como quero-queros e jaçanãs podem ser avistados, além de garças e os suiriris cavaleiros, que coletam os parasitas encontrados nos dorsos dos búfalos.

O cenário rural também possibilita a prática do ecoturismo, através de trilha que chega em uma bela piscina natural, um convite para um banho refrescante!

Fotos de..:: Renato Marchesini

CONDIÇÕES GERAIS

Grau de dificuldade: Fácil
Idade mínima: 7 anos
Grupo mínimo: 6 pessoas
Grupo máximo: 23 pessoas
Horário Início: 10:00 horas
Horário Término: 15:00 horas
Ponto de Encontro: Estância Diana – Santos/SP.

INCLUI: Dicas Preparatórias, Autorização, Seguro e Guia de Turismo Especializado.

* Sujeito a alteração sem aviso prévio.

OPCIONAIS: Transporte, Lanche de Trilha e Bastão de Caminhada – consulte-nos.

Para maiores informações e reservas: contato@r9turismo.com

O Site de Turismo da Costa da Mata Atlântica

(turismo, ecoturismo, turismo pedagógico, turismo melhor idade)

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Talentos do Brasil Rural: Chamada pública seleciona 24 roteiros turísticos

Produtos voltados para a agricultura familiar têm até 7 de janeiro para se candidatar

Roteiros turísticos poderão receber apoio e benefícios do Ministério do Turismo, por meio do projeto Talentos do Brasil Rural: turismo e agricultura familiar a caminho dos mesmos destinos. A oportunidade foi divulgada hoje (29nov) no Edital da Chamada Pública, que pretende selecionar 24 roteiros compostos por empreendimentos da agricultura familiar para serem trabalhados pelo projeto.

Cada um dos roteiros selecionados receberá um diagnóstico e um plano de ação para trabalhar a agricultura familiar como diferencial competitivo, além de apoio para a comercialização. Também está previsto que os empreendimentos da agricultura familiar presentes no roteiro recebam orientação técnica e qualificação para aperfeiçoamento de seus serviços ou instalações.

Os roteiros participantes deverão ser compostos por, no mínimo, 10% de empreendimentos da agricultura familiar. Além disso, esses roteiros deverão estar acessíveis a no máximo três horas de viagem, por meio terrestre ou aquaviário, a partir de uma das 12 cidades-sede da Copa de 2014.

As candidaturas deverão ser feitas por uma instituição ou entidade representativa do roteiro turístico, como associação, cooperativa, consórcio ou município, até 7 de janeiro de 2011. Para participarem do projeto, os representantes dos roteiros deverão preencher a FICHA DE INSCRIÇÃO e enviá-la, junto com os demais documentos listados no edital, para: SEBRAE/RS – PROJETO TALENTOS DO BRASIL RURAL - A/C: Gustavo Piardi dos Santos - Rua Sete de Setembro, 555, CEP 90010-190 - Porto Alegre/RS.

Veja AQUI o edital.

Talentos do Brasil Rural
Estão sendo investidos mais de R$ 3 milhões no projeto, que é uma parceria entre o Ministério do Turismo, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério do Meio Ambiente, Sebrae e Agência de Cooperação Alemã. O objetivo é a inserção de produtos e serviços da agricultura familiar no mercado turístico.


(turismo, turismo pedagógico, turimo terceira idade, ecoturismo)

quarta-feira, 17 de março de 2010

Turismo Cultural e Pedagógico – A Indústria da Paz

Por..:: Carolina Robortella

Mais um vídeo muito legal que vi no site do Canal Futura. Uma fazenda do tempo do Ciclo do Café desativada virou uma verdadeira escola para as crianças aprenderem sobre a história do Brasil. Uma idéia muito legal para aplicarmos também aqui no estado de São Paulo.

Cada vez mais vemos que o turismo é uma ferramenta para ser usada de diversas formas para o bem de todos. Para ajudar comunidades, como vimos no vídeo anterior, e agora um ótimo exemplo de turismo pedagógico.

Uma professora minha sempre dizia, turismo é a industria da paz. Pois as pessoas procuram o turismo procurando por paz. E é isso mesmo que ele traz, quando usado da forma certa! Iniciativas muito legais.



Fonte..:: Radares

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Turismo Itanhaém: CITY TOUR ITANHAÉM/SP

Conhecida e respeitada por sua riqueza histórica e cultural, Itanhaém é a segunda cidade mais antiga do Brasil, datada de 22 de abril de 1532.

Ao todo, a cidade detém 300km² preservados de Mata Atlântica, que integram o Parque Estadual da Serra do Mar e lhe asseguram o titulo de Amazônia Paulista. Além disso é possuidora da segunda maior bacia hidrográfica do Estado de São Paulo, com 2mil km de rios.

A cidade possui ainda 26 km de praias, costões rochosos, ilhas costeiras, restinga e manguezais, sendo berço de artistas renomados como Benedicto Calixto, Emigdio Emiliano de Souza e Bernardino de Souza Pereira.

Paradas: Convento N.Sra. da Conceição + Casa de Câmara e Cadeia + Igreja Matriz de Sant’Anna + Gruta N.Sra de Lourdes + Monumento Martim Afonso + Monumento Padre Anchieta + Cama de Anchieta + Portal Místico + Monumento Mulheres de Areia + Praia dos Pescadores.

Panorâmico: Praia dos Sonhos + Ilha das Cabras + Ilha da Queimada Pequena + Ilha da Queimada Grande.

CONDIÇÕES GERAIS
Idioma: Português
Duração Total: 4 horas
Grupo Mínimo: 8 pessoas
Grupo Máximo: 23 pessoas
Horário de Saída: a combinar
Horário de Retorno: a combinar
Local de Saída: Em ponto único, Santos, São Vicente ou Itanhaém.

INCLUI: Autorização e Guia de Turismo.
* Sujeito a alteração sem aviso prévio.

OPCIONAIS: Transporte, Ingresso Convento N. Sra. da Conceição, Ingresso Casa de Câmara e Cadeia e Alimentação – consulte-nos.

Para maiores informações e reservas: contato@r9turismo.com

O Site de Turismo da Costa da Mata Atlântica

(turismo, promoção_caiçara, turismo pedagógico, fatos_históricos)


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Turismo Baixada Santista - Roteiros de Turismo Baixada Santista


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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Roteiros de Turismo Baixada Santista - Turismo Receptivo Baixada Santista


(turismo, turismo pedagógico, turismo terceira idade, promoção_caiçara)

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Caminhos de Anchieta - Circuito Turístico da Baixada Santista.

O Programa “Caminhos de Anchieta” congrega os municípios de Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente. Reproduz parte da peregrinação que o Padre José de Anchieta realizou pelo Brasil.

Conheça o projeto em formato PDF..:: AGEM Agência Metropolitana da Baixada Santista)

A idéia é integrar municípios por meio de roteiros e circuitos para que o turista possa conhecer melhor a história do Estado de São Paulo e para que o turismo se torne uma indústria rentável e geradora de trabalho e renda.

O jesuíta José de Anchieta era espanhol, nascido em 1534, nas Ilhas Canárias. Chegou ao Brasil, em Salvador, no dia 13 de junho de 1554, seis meses antes da fundação de São Paulo de Piratininga.

Ficou conhecido como amigo dos índios, andarilho, professor, enfermeiro, construtor de capelas e pacificador – por ter evitado inúmeras mortes durante a Revolução dos Tamoios, que uniu índios e franceses contra os portugueses, ao se oferecer como refém em 14 de setembro de 1563.

Ficou conhecido também pelos poemas que escrevia nas areias das praias, sendo o mais famoso o de 5.786 versos, o “Bem aventurada Virgem Mão de Deus, Maria”. Levado pelo mar, ficou devidamente guardado na memória do padre.

Anchieta morreu em 1598, aos 64 anos, no Espírito Santo. Em 1980 foi beatificado pelo Papa João Paulo II e o processo de canonização está sendo estudado pelo Vaticano.

A R9 Turismo vem elaborando o Roteiro Turístico
Saiba mais..:: www.r9turismo.com

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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

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sábado, 20 de novembro de 2010

Ecoturismo em UC: Turismo nos parques: Artigo Científico

Por..:: Maria Tereza Jorge Pádua 

Dos 67 Parques Nacionais que o país possui no nível federal e dos 190 no nível estadual, apenas 20 estão abertos à visitação pública nos federais e o fato se repete no nível estadual. Há que se deixar claro que a função precípua dos mesmos é o da proteção de uma amostra do ambiente natural, mas, também, há que se insistir em que a melhor forma de se envolver mais pessoas no apreço às áreas protegidas é a possibilidade de visitá-las. Ou seja, conhecer no campo a sua importância para a região, para o país e para toda a humanidade. O Plano de Manejo zoneia a unidade de conservação e diz aonde a visitação pública será permitida. No entanto, não há que se esperar planos de manejo sofisticados que chegam a custar até milhões de reais. Para se manejar uma área até pode ser suficiente o bom senso. Com ou sem planos de manejo as autoridades têm de manejar as UCs. Endeusar planos de manejo virou moda, como se eles próprios de per si pudessem, com uma vara de condão, resolver os problemas do dia a dia de um diretor ou gerente de uma unidade de conservação. Nunca me esqueço de uma recomendação clara de Kenton Miller, o papa do planejamento de Parques Nacionais, que dizia em suas aulas: “um plano de manejo pode ser feito em um mês. Com mais pesquisas e mais tempo e dinheiro vai-se apurando seu planejamento que é sempre dinâmico”. O plano de manejo não salva uma unidade de conservação. Medidas corretas de gestão podem salvar.

Evidentemente o ideal seria, ainda, que essas áreas fossem abertas à visitação pública, após ter seu plano de manejo concluído e implementado. Isso quer dizer: i) regularização fundiária completa, ii) infraestrutura para os visitantes, iii) acesso e trilhas interpretativas, iv) monitoramento e fiscalização adequados, v) pessoal suficiente e, vi) material de consumo, veículos e combustível, entre outros. Como a realidade do estado de implementação dos Parques Nacionais e Estaduais está muito longe do ideal, há que se improvisar e inovar para que a população possa se interessar e para que seja bem vinda nas áreas protegidas.

Um dos mais fortes argumentos das autoridades responsáveis pelos Parques para fechá-los à visitação pública é que mais de 50% dos mesmos não estão regularizados, ou seja, as terras ainda não pertencem ao Poder Público e assim não há como se construir infraestrutura turística e nem tampouco cobrar ingressos, ou outros serviços turísticos em terras de particulares. Este é, sem dúvida, o argumento mais forte das autoridades para manter fechados os Parques Nacionais e Estaduais, pois se o domínio não é público, o poder executivo não pode aplicar recursos públicos em terras de particulares para a infraestrutura necessária ao turismo. A solução seria fácil se o Brasil tivesse uma política agressiva de regularização fundiária, usando os recursos advindos das compensações ambientais ou outros. Como os recursos financeiros alocados para a regularização fundiária são ridiculamente reduzidos, em alguns casos uma alternativa viável é que as autoridades pelo menos priorizem a aquisição de áreas particulares nas zonas abertas à visitação pública pelo plano de manejo. Como estas zonas são em geral uma pequena parcela do total da área protegida em muitos casos é melhor começar por estas áreas. Em alguns locais este procedimento já foi utilizado, como no Parque Nacional de Aparados da Serra no Rio Grande do Sul, no Parque Nacional do Grande Sertão Veredas em MG e até mesmo no Parque Nacional da Serra da Bodoquena. O que não é admissível é que Parques que tenham sua regularização fundiária já executada, ou parte dela, fiquem à espera de planos sofisticados para permitirem a visitação pública.

No que concerne às infraestruturas previstas nos planos de manejo elas são em geral muito completas e complexas, quase ideais, a começar pelo Centro de Visitantes, prédio para a administração, campings, cercas, aceiros, acessos, pontes, trilhas, banheiros, mirantes e assim por diante. Realmente a implementação plena exige muitos investimentos. No entanto, não é necessário que se faça tudo de uma vez, ou que tudo seja caro. Áreas abertas à visitação pública no Brasil e no mundo, muitas vezes o são com uma infraestrutura bem sóbria e modesta. Um grande exemplo, a meu ver, onde tudo funciona muito bem, com excelente interpretação e banheiros, lojas e lanchonetes adequados é no monumento cultural de Caral no Peru, descoberto há pouco mais de uma década foi aberto à visitação pública há mais de 4 anos. Neste, as infraestruturas são simples e de baixo custo, mas cômodas e até elegantes, com intenso aproveitamento de bambu. Outro exemplo é o do Parque Nacional da Serra do Cipó, em Minas Gerais, ou a RPPN do Salto Morato no Paraná, que demonstram que não há necessidade de se investir milhões para começar a receber turistas. Mais adiante, com mais visitação, pode-se aprimorar a infraestrutura.

Outra opção é terceirizar ou abrir concessões para serviços básicos para turistas, a exemplo do que vem acontecendo no Parque Nacional do Iguaçu e em muitos outros, onde empresas vencem licitações para a exploração de determinados atrativos e com a concessão por muitos anos até aplicam em grandes estruturas previstas no Plano de Manejo, como hotéis e restaurantes ou lodges. O pior mesmo é se começar fazendo infraestruturas faraônicas, como no caso do Parque Estadual da Serra de Caldas Novas em Goiás e, do mesmo modo, não abri-lo à visitação pública, por, dizem, “falta de pessoal”. Construções faraônicas, sem nenhum uso, também aconteceram até na Amazônia, sem nenhum visitante.

O acesso de turistas até os Parques Nacionais não depende diretamente da administração dos mesmos. Em muitas áreas para se chegar a um Parque é caro e difícil. O endereço turístico já elitiza a visitação. Talvez o exemplo mais expressivo seja o do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha. Visitá-lo é para pessoas que tenham poder aquisitivo alto. É longe e caro. O turismo então é muito mais receptivo o que de todo não é mau, pois para estrangeiros acostumados a visitar sítios naturais o preço de passagens e hotéis não importa muito. E pessoas de alto poder aquisitivo tampouco se importam em gastar para ir a locais bem exclusivos. A solução é muitas vezes encontrada por agências de turismo, que viabilizam pacotes a serem pagos a perder de vista.

Mostrar os atributos dos Parques é o primeiro objetivo para se receber visitantes. Se as áreas foram declaradas Parques é porque têm algo de muito belo e excepcional. Em geral é o que o país tem de mais relevante e bonito. Mostrar os atributos na natureza, no campo, com certa interpretação ambiental, com certeza fará que pessoas sensíveis aos aspectos estéticos se apaixonem pelos Parques e passem a defendê-los dos destruidores de plantão. Não há que se sofisticar muito para abrir algumas trilhas para que se conheça um Parque Nacional. Nem pessoal para acompanhar os visitantes. Nem tampouco, em casos de Parques Nacionais bem implementados, como, por exemplo, o do Iguaçu, ou o de Brasília, não se mostrar quase nada da área protegida, com acessos que vão tão apenas aos seus atrativos mais populares, como as Cataratas do Iguaçu no primeiro caso e as piscinas de água mineral, no segundo caso. O visitante tem de usufruir o que vê.

Muitos gostam de fazer trekking, ou escaladas, outros gostam de ver pássaros, outros de visitar grutas, ou de apreciar plantas, flores e paisagens. Alguns turistas são exigentes, outros nem tanto, quando se trata de ver algo que realmente lhes interesse. Um turista por pior que seja seu comportamento pode se transformar em um amigo e suas atitudes jamais serão tão danosas como as dos fazendeiros incendiários, ou caçadores, ou contrabandistas, ou dos desenvolvimentistas a qualquer preço. Potencialmente um turista pode vir a ser um ambientalista. Por mais sofisticados que sejam alguns planos de manejo eles não garantem o monitoramento adequado de turistas, se esse monitoramento não for acompanhado de pessoal capacitado e meios adequados. O monitoramento da visitação pública e de suas possíveis conseqüências indesejáveis pode ser feito através de convênios com universidades, com ONGs de notório saber, ou por órgãos afins. O plano sofisticado ou bem feito estabelece limites e capacidade de carga das zonas abertas ao turismo sustentável, mas só a prática deste uso é que mostrará eventuais mudanças nas previsões. Novamente, muitas vezes aqui, o bom senso de quem entende do assunto, ou seja, de técnicos especializados do próprio ICMBio, ou de outras entidades podem facilmente determinar a restrição de uso de alguma atividade.A fiscalização e o pessoal para manejar os visitantes em Parques podem ser resolvidos com muita facilidade com soluções criativas e inovadoras, como, por exemplo, a co gestão com ONGs de reconhecida capacidade no assunto. Três Parques Nacionais têm co gestão com ONGs: Grande Sertão Veredas com a Funatura; Serra da Capivara com a FUNDHAM e Jau com a Fundação Vitória Amazônica. Destes parques com instrumentos de co gestão, embora estejam muito bem manejados, só um tem visitação pública: o da Serra da Capivara, um dos mais bonitos e bem implementados Parques do país. No Parque Nacional da Serra do Cipó, também aberto à visitação pública, existem 8 funcionários cedidos pelas prefeituras da região. Muitos prefeitos percebem que o Parque traz até benefícios econômicos para seus municípios, além do ICMS Ecológico e pagam funcionários para ajudar no recebimento de visitantes. Há sempre que se ter em mente que se um Parque determina o desenvolvimento regional ou com ele colabora fortemente, como, por exemplo, o Parque Nacional do Iguaçu, as autoridades locais vão vê-lo com mais simpatia e até mesmo participar da sua fiscalização e implementação.

O pior a se fazer é deixar os Parques Nacionais fechados, pois ficam, assim, como “terras de ninguém”, sem demonstrar que podem contribuir com o desenvolvimento da região. Isso, obviamente, embora seja uma opinião muito generalizada é falsa. Na realidade, as áreas protegidas brindam inumeráveis serviços ambientais à região em que se fossem transformados em seu valor monetário, demonstrariam plenamente a sua rentabilidade econômica e seus benefícios sociais até sem visitantes. Voltando ao tema da visitação pública, embora esta tenha atingido números inéditos nos últimos anos (3.800.000 pessoas em 2009) isso representa uma ínfima percentagem do que seria o potencial do sistema nacional de áreas protegidas. Só para contrapor, nos EUA a visitação anual atinge mais de 400 milhões de pessoas. As categorias disponíveis no sistema nacional, de acordo com a legislação em vigor facultam a visitação pública em algumas como: Parques Nacionais e Estaduais, Monumentos Naturais, Florestas Nacionais ou Estaduais e RPPNs e proíbe em Reservas Biológicas e Estações Ecológicas, o que muitas vezes dificulta ainda mais a simpatia dos atores locais em engolirem ou aceitarem as unidades de conservação decretadas. Muitas delas têm enorme potencial turístico, como, por exemplo, a Estação Ecológica de Anavilhanas no AM, ou a Reserva Biológica do Lago Piratuba no AP, ou a Estação Ecológica de Juréia Itatins em SP, que têm tudo para se transformarem em Parques, sem perderem nada de sua importância para a conservação da natureza. Um conselho que eu gostaria de dar é este: sempre que possível estabelecer-se o que seriam Estações Ecológicas ou Reservas Biológicas, como Parques, sejam eles Estaduais ou Nacionais, pois é muito mais digerível, sem prejudicar o objetivo precípuo, qual seja, o da proteção de uma amostra dos ecossistemas locais.

Estabelecerem-se normas esdrúxulas como a exigência de acompanhamento por guias treinados, encarece desnecessariamente o acesso e a visitação às áreas protegidas. O visitante deveria ter o direito de escolher se quer guias ou não, como no caso de museus do mundo todo. O fato é que os parques da maior parte dos países do mundo, inclusive alguns com animais muito perigosos, podem ser visitados de dia e de noite sem guias, como é o caso nos EUA e no Canadá, onde os visitantes podem acampar onde isso é permitido, sem que existam facilidades especiais, nem locais específicos. Parques com ursos, cobras e outros bichos perigosos não são obstáculo nem pretexto para reduzir o desfrute da natureza pelos visitantes. Na África os visitantes podem ingressar com seus próprios automóveis na maior parte dos parques e ver leões, elefantes, búfalos e até os perigosos hipopótamos. Ainda assim não se discute que alguns passeios necessitem de acompanhamento. No geral os instrumentos de interpretação ambiental devem facilitar as visitas não guiadas.

Há excessos ridículos por parte das autoridades. Por exemplo, o fato de se exigir autorizações especiais para se fotografar algo, beira o incompreensível. Os parques são por definição um bem comum da nação e de todos os seus cidadãos. O que não pode ser permitido são sobrecargas de turistas barulhentos, ou com equipamento de som, ou bebidas alcoólicas, ou o estacionamento de carros em qualquer lugar, ou que se deixe lixo nas áreas de camping e outras, etc. Tudo isso deve estar contemplado no manejo das unidades e não se pode transgredir. É verdade que um turista, ao visitar uma unidade de conservação, deve sair dela contente do que viu e ter visto coisas inéditas para ele e ter aprendido algo sobre a importância das áreas protegidas para um país. Mas isso deve ser feito sem prejudicar o Parque nem aos outros usuários da área.

Muitas vezes o turismo de uma região de grandes potenciais marginaliza as áreas protegidas do Poder Público, ou outras, como, por exemplo, RPPNs, por medo da competição, ou por ignorância mesmo do que existe por perto. Roteiros que oferecem mais opções geralmente fazem com que os turistas permaneçam mais tempo no local. Um exemplo claro é que visitantes do Parque Nacional das Emas, que recebe um máximo de 1 mil visitantes por ano raramente vão à RPPN Serra da Araras, no estado de Goiás ou vice versa, o que é uma pena, pois estas áreas protegidas são muito interessantes e se complementam. O Parque das Emas não tem inscrições rupestres, ou não se vê por lá as araras vermelhas, ou os urubus reis. De outra parte indo só à RPPN não se vê veados, tamanduás bandeiras, lobos guará e outros animais conspícuos, com a facilidade como no Parque Nacional, ou ainda rios como o Formoso. O mesmo é verdade para quem visita Pirenópolis e vai ao Parque Estadual da Serra dos Pireneus, mas desconhece que no município tem o Monumento Natural Municipal da Cidade de Pedras, que talvez seja o mais interessante monumento geológico do país.

Muito pode e deve ser feito para incrementar o turismo sustentável no sistema nacional de áreas protegidas, um potencial muito ignorado e desperdiçado. O Brasil, como o país da maior megadiversidade do planeta tem, no seu sistema de áreas protegidas, a maior chance de incrementar o turismo sustentável, que é uma ferramenta do desenvolvimento regional e assim trazer mais amigos e defensores para as unidades de conservação.

Maria Tereza Jorge Pádua é engenheira agrônoma e fundadora da Funatura, é membro do Conselho da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza e da comissão mundial de Parques Nacionais da UICN.

O artigo acima foi publicado originalmente no site "O Eco". Para acessá-lo, clique aqui.

Fonte..:: Conservação Online Newsletter, edição 123, por email.

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